Trevisan depõe na CPI do Transporte Coletivo
Dois depoimentos marcaram a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga possíveis irregularidades no transporte coletivo do município, nesta segunda-feira, 19. O primeiro foi do secretário de Segurança, Trânsito e Transporte, José Carlos Trevisan. O segundo foi do diretor de Transportes, Irineu Alban. Além de relatar o sistema de funcionamento da Secretaria, os depoentes responderam questões relativas à fiscalização, ausência de envio da planilha de custos da empresa que faz o transporte coletivo em Lomba Grande, à definição de tarifas, aos pedidos de informações feitos pela Câmara ao Executivo, e ainda sobre contratos de publicidade das empresas de transporte coletivo. Os vereadores aproveitaram a presença dos dois para cobrar a urgência das informações já solicitadas e que ainda não chegaram à CPI. <br />FISCALIZAÇÃO<br />Tanto José Carlos Trevisan quanto Irineu Alban afirmaram que cabe à Administração Municipal a fiscalização dos critérios constantes no contrato de concessão para o transporte coletivo. Informaram, porém, que a fiscalização dos atuais 201 ônibus que circulam no município são feitas por um servidor. Segundo Trevisan, esse fiscal é acompanhado por outros funcionários, quando há necessidade.<br />PLANILHA DE LOMBA GRANDE<br />A cobrança da planilha de custos referente ao transporte de passageiros de Lomba Grande foi intensa aos depoentes. A explicação, entretanto, foi de que como lá, o valor da tarifa diminuiu, não seria necessário o envio. <br />TARIFAS<br />Outra questão levantada foi sobre a lei que determina o envio, para a Câmara de Vereadores, das planilhas de custos das empresas 30 dias antes de reajustes. Segundo o secretário, este ano, antes do último reajuste foi a primeira vez que planilhas foram enviadas ao Legislativo. "Isso demonstra transparência", defendeu. Ele disse ainda que as planilhas não determinam o percentual de aumento. "Nós dominamos as informações técnicas, o cálculo tarifário que está nas planilhas, mas quem decide o valor do aumento é o prefeito", informa.<br />PUBLICIDADE<br />Outro assunto levantado pelos vereadores da comissão foi se qualquer outra receita da empresa conta no cálculo tarifário. O presidente da comissão, Ralfe Cardoso (PSOL) queria saber quanto desses contratos são destinados à prefeitura e quais as empresas estariam envolvidas em suposta rescisão de contrato por não cumprimento deste. Irineu não revelou nomes, sugerindo que fosse encaminhado pedido de informações à administração municipal. "Não é a SEMTRAS que fiscaliza estes contratos, não sei quem fiscaliza", disse Irineu.<br />INTEGRANTES<br />Integram a CPI os vereadores Ralfe Cardoso, Antonio Lucas, Cleonir Basssani, João Marcos, Volnei Campagnoni, Lorena Mayer e Anita Lucas de Oliveira. <br /> <br />