Delegada de Educação explica falta de professores
Helenise Juchen, delegada da 2º Coordenadoria Regional de Educação - CRE, esteve na sessão desta quinta-feira, 8, na Tribuna Popular. A intenção da Comissão de Educação era esclarecer a falta de professores nas escolas estaduais de Novo Hamburgo. <br />Segundo a delegada, de acordo com a planilha de recursos humanos da 2ª CRE, NH tem deficiência de quatro professores. Helenise explicou como funciona o processo dos contratos temporários e lembrou que só o período entre a contratação e o início da atuação do professor na sala de aula leva em média 30 dias. "É difícil gerenciar recursos humanos na nossa região porque os contratados prestam exames nas prefeituras, são aprovados e deixam de servir o Estado". <br />Helenise ainda informou que foram nomeados nesta quinta-feira, 66 servidores do concurso 2002. "Para Novo Hamburgo são duas merendeiras, quatro monitores e quatro secretários. Este ano a cidade tem 50 professores em contratos emergenciais". <br />25 de JULHO<br />O vereador Ralfe Cardoso (PSOL) questionou sobre a dificuldade das alunas da Escola Estadual 25 de Julho em realizar seus estágios em função do currículo da escola. Helenise disse que já houve contato com a chefia pedagógica da coordenadoria sugerindo a reestruturação, "mas que somente a direção da escola pode fazê-la".<br />Anita Lucas de Oliveira (PT) perguntou se algum monitor dos que foram nomeados será encaminhado para o 25 de Julho. A delegada informou que sabe a quantidade dos funcionários por cidade, mas não levantou para quais escolas seriam encaminhados. A vereadora informou que há necessidade de mais monitores na instituição.<br />TRÂNSITO<br />Anita ainda questionou sobre o auxilio na travessia dos alunos em frente às escolas estaduais. Perguntou a quem compete este trabalho e citou escolas que têm essa necessidade. Disse que o município alega que a responsabilidade é do Estado. A delegada informou que no quadro de recursos humanos do Estado não existe nomeação de guarda para as escolas. "O que temos é um convênio com a Brigada Militar para PM residente, mas isso depende de vários fatores, um deles é a escola possuir acomodações de residência. Temos tido bastante apoio da Brigada Militar, na medida do possível. Quanto à guarda não temos gerenciamento. Mesmo assim, na minha opinião, os alunos da escola estadual são cidadãos do município também", disse.<br />DROGAS<br />O vereador Ito Luciano (PMDB) questionou a delegada sobre as drogas nas escolas estaduais e quais as atitudes do Estado em relação a isso. "A droga é um problema de todas as escolas, inclusive das particulares", disse Helenise. Segundo ela a saída é a prevenção, mas dentro das escolas há receio, as pessoas não querem se indispor com pais e alunos e não estão preparadas para tratar desse tipo de problema. "Os pais também tem grande responsabilidade, não basta depositar o filho na escola e não aparecer mais. Isso deixa as direções de mãos atadas, essas direções que são comprometidas com trabalho educativo, que dão a cara prá bater".<br />Gilberto Koch (PT) perguntou qual a saída para a Escola Estadual Santo Afonso, que não tem pátio e conta com mais de 700 alunos. Para a delegada da 2ª CRE, a <br />solução seria trocar o prédio.<br />Também se manifestaram no debate os vereadores João Marcos (PTB) e Soli Silva (PDT). <br /><br />