Desemprego de cobradores e aumento da passagem levam sindicalistas à Câmara
O transporte coletivo municipal foi o tema da manifestação de dois, dos três sindicalistas que ocuparam a Tribuna Popular durante a sessão desta quinta-feira, 6. Lauri Finotti, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Novo Hamburgo; e Vitor Gatelli, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de NH falaram sobre o transporte coletivo da cidade. Um grupo de sindicalistas já havia se reunido com o presidente Téo Reichert (PDT) e líderes de bancadas na última terça-feira para tratar sobre o desemprego na categoria.<br />DESEMPREGO<br />O primeiro defendeu a categoria contra o desemprego e pela segurança. "Com a inserção da roleta eletrônica, tememos pela demissão de cobradores e a sobrecarga de funções aos motoristas", disse Finotti, alertando que no município já circulam ônibus sem cobrador. "Queremos nos prevenir, os motoristas trabalham sob pressão, eles não têm condições de dirigir e cobrar, esta situação aumenta a insegurança tanto para os passageiros quanto para os próprios motoristas. Como ele vai poder dirigir, cobrar, prestar atenção no trânsito, nos passageiros, cuidar dos horários, dar informações aos passageiros, isso não é possível", argumentou, pedindo aos vereadores que intercedam para que o município tenha garantida a presença do cobrador em todos os ônibus que circulam na cidade. <br />TARIFAS<br />Já o sindicalista Vitor Gatelli, que também falou em nome da Intersindical, não só manifestou apoio à causa dos rodoviários como também pediu uma avaliação criteriosa da situação pelo Executivo antes de permitir um aumento na tarifa. Gatelli advertiu que é preciso analisar com cuidado a planilha de custos enviada pelas empresas para a Câmara e fazer uma comparação com outras cidades. "É preciso que seja visto o preço solicitado e o tipo de serviço prestado. Nós temos carência de coletivos adaptados para portadores de necessidades especiais, temos linhas mais curtas do que outras cidades que têm a mesma tarifa para percursos maiores. Novo Hamburgo tem melhores condições de trafegabilidade para os ônibus. Em outras cidades tem passe livre, e a despesa está embutida certamente no preço das tarifas", argumentou.<br />Segundo o sindicalista, nos últimos dez anos, o salário mínimo teve um aumento de 250%, enquanto o transporte coletivo subiu 450%. "É preciso fazer algo para segurar esse aumento. Fazer isso em nome dos trabalhadores da cidade".<br />