Desemprego no transporte coletivo é preocupação de sindicalistas
A preocupação com o desemprego e a insegurança no transporte coletivo como conseqüência da adoção de catracas eletrônicas foi a pauta de uma reunião entre um grupo de sindicalistas e vereadores na tarde desta terça-feira, 4. O presidente da Câmara, Teo Reichert, os vereadores Gilberto Koch e Anita Lucas de Oliveria (PT); Soli Silva (PDT); e Ralfe Cardoso (PSOL) receberam os sindicalistas, que entregaram um manifesto Intersindical, assinado por dez entidades.<br />TECNOLOGIA<br />"Não somos contrários ao avanço tecnológico, mas precisamos do apoio do Legislativo, para que isso não acabe gerando desemprego e insegurança", argumentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Novo Hamburgo, Lauri Finotti.<br />Para Finotti, ao designar os motoristas também como cobradores, as empresas acabam por dizimar uma situação de perigo e estresse. "O motorista tem que estar preocupado em não perder a passagem, em manter a atenção no trânsito, com os horários a cumprir, em fazer relatórios, em liberar a catraca, em auxiliar idosos e deficientes físicos, em proporcionar a segurança dos passageiros", explica.<br />PROJETO<br />Para Betinho, o fato do motorista ter que assumir o papel do cobrador cria nele um nervosismo que acaba descarregando no usuário. "Não tem condições de manter uma pessoa só no ônibus", afirma o vereador, que já encaminhou projeto que determina que os ônibus de Novo Hamburgo devem, obrigatoriamente, ter dois tripulantes - motorista e cobrador.<br />Teo Reichert alertou que a falta do cobrador faz com que a insegurança para motorista e usuários aumente. "É um risco no trânsito, porque causa desatenção", avalia. Ele lembrou que é preciso aprofundar as informações que se tem, de que não está havendo demissões e sim promoções de cobradores a motorista e fiscal. O vereador Ralfe Cardoso sugeriu a criação de um fórum para discutir todas as questões pertinentes ao transporte em Novo Hamburgo. O presidente do Sindicato dos Bancários, Luis Edinaldo Dornelles da Silva lembrou ainda que é preciso avaliar os contratos dos motoristas e a sobreposição de tarefas. A diferença no salário do motorista que atua também como cobrador, segundo Finotti, é de R$ 78,00.<br />PRESENÇAS<br />Participaram da reunião, os sindicalistas Vitor Luis Gatelli, do Sindicato dos Empregados no Comércio de NH; Maria Elisabete M. da Silva, do Sindiasseio do Vale do Sinos; Luis Edinaldo Dornelles da Silva, do Sindicato dos Bancários e Financiarios de NH; Lauri Luiz Finotti, Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de NH; Mariozan Dutra, do Sindicato do Asseio; e Jair dos Santos, do Sindicato dos Sapateiros. <br /><br /><br /><br />