O Dia da Vitória é lembrado na Câmara

Parte do Expediente da sessão desta quinta-feira, 19, homenageou o Dia da Vitória - que registra o final da Segunda Guerra Mundial. A iniciativa é do vereador Gerson Peteffi (PSDB). O dia oito de maio ficou marcado na história como o dia em que as nações aliadas venceram o nazi-fascismo na II Guerra Mundial: o dia da vitória da democracia. Esse fato histórico é um marco para toda a humanidade.<br />No seu pronunciamento, Peteffi destacou que pediu a quebra do protocolo da Casa para a execução do Hino Nacional Brasileiro. "Justifica-se porque esses ex-combatentes deram seu sangue em nome da pátria brasileira em solo estrangeiro", disse o vereador tucano. Citou o ex-primeiro-ministro inglês Winston Churchill que disse na época do Dia da Vitória: "esta vitória é de vocês. Em nossa longa história, jamais veremos um dia mais longo que este".<br />O peemedebista Paulo Kopschina lembrou que não seria possível deixar de citar a participação decisiva da Força Expedicionária Brasileir (FEB) na vitória dos Países Aliados contra o nazi-fascismo. João Marcos (PTB) citou nominalmente os pracinhas presentes e lembrou que os mais de 20 mil brasileiros que participaram da Segunda Guerra representaram de forma extra-ordinária o Brasil em solo estrangeiro. O presidente do Legislativo, Cleonir Bassani (PSDB), afirmou que o fim da guerra foi o resultado de um enorme esforço de grande parcela da humanidade.<br />Representando os pracinhas, o major da reserva do Exército Beno Schirmer, lembrou o grande esforço da comunidade brasileira na época da década de 1940 para a guerra. "Foram estudantes, funcionários públicos, trabalhadores, civis e militares pedindo que o Brasil participasse do esforço de guerra", lembrou um emocionado Schirmer (leia a matéria "O desabafo do velho herói"). <br /><br />O FIM DO HORROR DA GUERRA - As sucessivas anexações da Áustria, Sudetos, Boêmia e Morávia e a posterior invasão de Dantzig e da Polônia pela Alemanha, acabaram por gerar um conflito bélico de proporções mundiais, que teve início em 1939. Após a invasão da Polônia, a Grã-Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha, desencadeando o engajamento sucessivo de todas as nações. Em seis anos de guerra foram contabilizados 40 milhões de mortos.<br />Hitler tornou-se chefe do Estado Alemão em 1934, instituindo uma política ditatorial baseada no racismo, na superioridade da raça e na teoria do espaço vital. A Alemanha nazista, comandada por Hitler, exterminou seis milhões de pessoas em vários países. A maioria eram judeus, incluindo-se aí também os ciganos, homossexuais e testemunhas de Jeová.<br />Em 1943, a Itália liderada por Mussolini capitulou e em 1945 o mesmo ocorreu com a Alemanha. Hitler suicidou-se por ocasião da tomada de Berlim pelos aliados, em 30 de abril de 1945.<br /><br />A Alemanha capitulou depois que o Exército Vermelho, numerosas tropas da ex-União Soviética, entrou em Berlim. Foram os soviéticos os primeiros a entrarem a pé na capital alemã indicando o final do Império dos Mil Anos, como Hitler chamava o III Reich. Era a vingança dos comunistas à agressão promovida pelos alemães em 1942, quando o exército alemão entrou em Stalingrado, na União Soviética. A agressão causou a morte de mais de 20 milhões de civis e militares soviéticos. <br /><br />Mesmo com a capitulação alemã, os aliados liderados por Estados Unidos e Inglaterra ainda não haviam derrotado inteiramente os países do Eixo - Itália, Alemanha e Japão. As tropas japonesas do imperador Ito ainda resistiam. O mundo então conheceu a mais mortífera arma de guerra já construída pelo homem. Lançadas de aviões bombardeiros norte-americanos, as bombas nucleares sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki forçaram a rendição do Japão. Nos dois bombardeios, pelo menos 150 mil japoneses morreram em menos de um segundo. Estava inaugurada a era da bomba atômica.<br /><br />A participação brasileira na Segunda Guerra Mundial aconteceu com os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira. Mais de seis mil homens ligados ao Exército, Marinha e Força Aérea foram deslocados para a Itália, onde tinham a missão de barrar as ações do exército alemão em território italiano. Pracinhas de praticamente todos os estados brasileiros tornaram-se expedicionários, marcando a presença brasileira na vitória contra o horror do nazi-fascismo.<br />