3º BPM comemora 114 anos de existência
A passagem dos 114 anos de existência do 3º Batalhão de Polícia Militar de Novo Hamburgo foi registrada pela Câmara Municipal, que homenageou a corporação e seus integrantes pelo trabalho desenvolvido e pela sua história. <br /><br />A iniciativa da homenagem partiu da vereadora Lorena Mayer, 2ª Secretária da Mesa Diretora, que destinou parte do expediente da sessão desta terça-feira, 23, para registrar a data. Lorena Mayer salientou que apesar do descaso dos governos com a segurança pública, a Brigada Militar se destaca nesse cenário pelo seu heroísmo e expressiva contribuição à sociedade. Como exemplo, citou os projetos desenvolvidos pela Brigada Militar no Estado, como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (prevenção com crianças do ensino fundamental ao médio), Programa Social Educativo de Profissionalização de Adolescentes, Brigada Mirim, Bombeiro Mirim, Salva-vidas Mirim e Patrulha Ambiental.<br /><br />A vereadora solicitou que dois projetos de sua autoria que beneficiam policiais militares e que estavam na pauta de votações da sessão desta terça fossem votados na presença dos representantes do 3º BPM. ( veja matéria nessa página)<br /><br />Também se manifestaram da tribuna os vereadores Gerson Peteffi e Renan Schaurich. Peteffi enfatizou que segurança também é uma questão de saúde e Renan revelou que desde os seus primeiros anos de vida aprendeu a respeitar a figura do policial militar.<br /><br />AGRADECIMENTO<br />O comandante do 3º BPM, Tenente-Coronel José Paulo Silva da Silva agradeceu a homenagem prestada pela Câmara Municipal, em especial à iniciativa da vereadora Lorena Mayer. Da tribuna, afirmou que a história do 3º BPM está inserida na história da Brigada Militar e do próprio do Rio Grande. Isso nos leva a ter maior responsabilidade em vista desse legado histórico deixado pelos nossos antepassados. O efetivo atual, como explicou, está aquém das necessidades. Ressaltou, contudo, que essas deficiências são históricas nas instituições que tratam da segurança no Estado. Compreendemos as necessidades atuais vivenciadas pelo Estado, mas não estivemos em situação tão deficiente como a de agora. Apesar das limitações enfrentadas no dia a dia da corporação, o comandante do 3º BPM renovou o compromisso da BM de bem servir à sociedade, buscando sempre a melhoria da qualidade de vida da população.<br /><br />HISTÓRICO<br />O 3º BPM foi criado em 20 de julho de 1893.Inicialmente foi instalado em Porto Alegre e somente em 1967 transferiu-se para São Leopoldo, passando a funcionar na sede da 6ª Cia do Exército Brasileiro.<br /><br />Ao longo dos anos teve várias denominações:<br />- 1893 a 1936 - 3º BATALHÃO DE INFANTARIA <br />- 1936 a 1961 - 3º BATALHÃO DE CAÇADORES<br />- 1961 a 1968 - 3º BATALHÃO POLICIAL<br />-1968 até os dias atuais - 3º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR <br /><br />Em Julho de 1970, através do Decreto Estadual nº 20.277, o 3º BPM instalou-se definitivamente em Novo Hamburgo, na Av. Coronel Travassos, nº 1111, Bairro Rondônia, onde permanece até nossos dias.<br /><br />A partir de nove de julho de 1998, frente à nova estrutura da Brigada Militar, o 3º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR passou a ter autonomia somente no município de Novo Hamburgo.<br /><br />Até então era dividido em seis Companhias, a saber:<br /><br />1ª Companhia - com sede em Novo Hamburgo;<br />2ª Companhia - com sede na cidade de São Leopoldo, prestando serviços também em Portão;<br />3ª Companhia - com sede em Sapiranga, prestando serviços também em Santa Maria do Herval, Morro Reuter, Dois Irmãos, Nova Hartz e Araricá;<br />4ª Companhia - com sede em Taquara, com serviços nas cidades de Parobé, Riozinho, Rolante, Igrejinha e Três Coroas;<br />5ª Companhia -sede no Bairro Canudos, em Novo Hamburgo;<br />6ª Companhia - com sede em Campo Bom, prestando serviços nas cidades de Ivoti, Estância Velha, Lindolfo Collor e Presidente Lucena.<br /><br />A história do 3º Batalhão de Polícia Militar passa também pela história do Brasil.<br /><br />Após a proclamação da República e a promulgação da Constituição, a sociedade brasileira passou por grandes transformações. Os Estados trataram, desde logo, de organizar suas forças armadas para garantir a ordem dos seus territórios, a estabilidade de seus governos e as instituições republicanas ainda não sedimentadas. O Rio Grande do Sul foi um dos primeiros Estados a organizar sua milícia. Para isso lançou mão da Guarda Cívica, que então cuidava do Serviço Policial em todo o Estado. A Guarda foi transformada em dois Batalhões de Infantaria e um Regimento de Cavalaria com a denominação de BRIGADA MILITAR DO ESTADO. Inicialmente a Brigada não teve função policial, que passou a ser desempenhada pela Polícia Judiciária, organizada e mantida pelos municípios. Mais tarde, o governo entendeu que era insuficiente a defesa dos Estados pelas forças já existentes. Foi criado, então, o 3º BATALHÃO DE INFANTARIA, em 31 de dezembro de 1892, que só veio a ser organizado no ano seguinte na estação Umbu, na cidade de Santa Maria. <br />