14/03/2011 - Vereadores elogiam nova Central de Reciclagem
Na semana passada, vereadores comemoraram a inauguração da nova Central de Reciclagem do bairro Roselândia. No local atua uma equipe com cerca de 50 pessoas, que receberam qualificação. O investimento do governo federal, com contrapartida da Prefeitura, foi de R$ 4,4 milhões, segundo o líder do governo e integrante da Comissão de Meio Ambiente, Gilberto Koch (PT). Ele esteve presente à inauguração – assim como outros representantes do Poder Legislativo.
Depoimentos
Na sessão de quinta-feira, 10, os vereadores falaram sobre o tema. Ricardo Ritter – Ica (PDT), integrante da Comissão de Obras e Serviços Públicos, disse que se surpreendeu positivamente em sua visita ao local. "É uma realidade bem diferente. Esses trabalhadores ganhavam cerca de R$ 200 por mês e não podiam reclamar. Agora, receberão perto de R$ 1,3 mil. É um valor considerável, passa de dois salários mínimos. Eles também têm mais segurança no trabalho e ainda recebem comida", disse. O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Luiz Carlos Schenlrte (PMDB), lembrou que os catadores às vezes tinham que retirar o alimento do lixo com o qual trabalhavam.
Betinho apontou que é preciso também realizar um trabalho de conscientização com todos os cidadãos. "As pessoas precisam entender que lugar de lixo é no lixo – não nas praças, nas esquinas, nas paradas de ônibus ou nos arroios", apontou. Matias Martins, relator da Comissão de Meio Ambiente, também destacou a importância da nova estrutura. "As pessoas agora podem trabalhar com dignidade. Antes, alguns nem tinham documentos."
Saiba mais
A inauguração da Central de Reciclagem de Novo Hamburgo marca mais uma etapa do projeto CataVida. A solenidade ocorreu no 10 de março na sede da central, que fica na rua Benjamin Altmayer, 2.660, bairro Roselândia. O CataVida foi desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Social com o objetivo de melhorar o reaproveitamento de materiais. Esse projeto tem apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia, Trabalho e Turismo, em parceria com o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e a Secretaria do Meio Ambiente. Os catadores trabalhavam no local por meio de uma cooperativa, mas devido às condições precárias, o Município interveio e ajudou os trabalhadores a organizar uma nova entidade. Hoje, eles conseguem reciclar cerca de 60 toneladas por mês – e a meta é dobrar a produção.