Lomba Grande sedia Sessão Comunitária

por admin última modificação 16/10/2020 19h55
Parlamentares ouviram reivindicações da população
A sessão comunitária desta terça-feira, 03, realizou-se no Bairro Lomba Grande, a pedido da associação de moradores. Infra-estrutura de ruas e avenidas, iluminação pública, saúde e segurança foram os principais temas abordados na reunião que ocorreu na sede da Sociedade Atiradores de Lomba Grande. A interina Lorena Mayer presidiu os trabalhos. Compareceram também os vereadores Jesus Maciel Martins (PTB), Soli Silva (PDT), Ralfe Cardoso (PSOL), Gilberto Koch (PT), Anita Lucas de Oliveira (PT), Cleonir Bassani (PSDB) e Paulo Kopschina (PMDB).

Volnei Campagnoni (PCdoB) e Teo Reichert (PDT) justificaram suas ausências por escrito. O presidente da Câmara, Ito Luciano (PMDB), o vice Antonio Lucas (PDT), os vereadores Gerson Peteffi (PSDB) e Renan Shaurich (PTB) estão em Maceió, Alagoas, onde participam do 16º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, representando a Comissão de Obras e Serviços Públicos.

O presidente da Associação dos Moradores de Lomba Grande (AMOLOMBA), André Fernando de Mello, apresentou as reivindicações da comunidade. Entre elas: o asfaltamento da estrada Saldi Emílio Cassel, o patrolamento das estradas de chão batido, canalização do esgoto da área central do bairro, melhoria na iluminação pública em diversas localidades, criação de um posto da guarda municipal, aumento da infra-estrutura de telefonia e acesso à Internet, repasse de verbas para a manutenção da Escola Infantil Lápis Mágico, ampliação dos horários de atendimento do posto de saúde, maior freqüência do recolhimento de lixo no interior, providências urgentes nos locais de despejo do lixo industrial.

Segundo André, o Legislativo teve papel fundamental na questão do fechamento das escolas do interior imposto pelo Executivo. A partir da discussão iniciada no Plenário da Câmara, a Prefeitura voltou atrás e decidiu não encerrar as atividades nas instituições de ensino.

Lorival José Homem, Secretário da Associação de Moradores das Vilas Belo Horizonte e Planalto, agradeceu o empenho dos vereadores no atendimento dos anseios dos cidadãos, em especial na questão das escolas do interior. Na sua opinião, a construção da nova instituição no centro de Lomba irá beneficiar as crianças das vilas as quais representa.

Representando a Associação de Pais e Mestres da Escola Conde D’Eu, Lauri Ipping, demonstrou indignação com o tratamento dispensado à comunidade pelo Poder Executivo. Ele contou que em todas as reuniões, caminha quatro quilômetros do Quilombo até a Sociedade Atiradores e apesar da sua luta, ao contrário das outras instituições, a Conde D’Eu será fechada. "O Prefeito esteve aqui, nos prometeu uma coisa e agora não vai cumprir. O engraçado é que ele não vai aqui pessoalmente nos explicar esta decisão", desabafou.

Bernadete Teixeira, do Movimento de Mães das Vilas Belo Horizonte e Planalto, e Carine Gonzaga, representante das comunidades São Jacó e Santa Maria, corroboraram com as solicitações dos demais líderes.

Vereadores
Após a explanação dos moradores, os parlamentares comentaram a importância das sessões comunitárias.

Cleonir Bassani (PSDB) disse que os vereadores têm a obrigação de ouvir a população, bem como fiscalizar a execução das obras públicas.

Gilberto Koch (PT) explicou que nem sempre, durante o expediente ordinário, os reais problemas da comunidade chegam ao Legislativo. "A mobilização da associação teve papel fundamental no atendimento das demandas de Lomba Grande". Betinho falou também sobre o problema dos resíduos, na localidade de Quebra Dente, no qual a Comissão de Meio Ambiente, presidida por ele, já realizou os encaminhamentos necessários.

O vereador do PTB Jesus Martins tranqüilizou os pais presentes na reunião. "Estive na Prefeitura e a coordenação de Educação garantiu que o deslocamento máximo dos alunos será de dois quilômetros. Assim, os estudantes permanecerão nas escolas mais próximas de suas casas", frisou.

Paulo Kopschina (PMDB) lembrou o depoimento enfático de André Mello na tribuna popular da Câmara, no dia 16 de agosto, que levou à realização de uma Audiência Pública no início de setembro. "A partir daquela reivindicação, o Prefeito teve a sensibilidade de voltar atrás no caso das escolas".

Ralfe Cardoso (PSOL) considerou uma lição a participação do representante da Conde D’Eu. "Toda luta passa por uma grande caminhada. Por isso, parabenizo a persistência de todos que estão aqui por acreditarem em seus ideais".

A presidente Lorena Mayer (independente) encerrou a sessão. "É obrigação dos vereadores estarem aqui hoje e um direito da população. Somente unidos, de mãos dadas, é que se constroem melhores condições", finalizou.


Representante
O Secretário de Agricultura, Roberto Kieling, participou da reunião representando o Executivo. Ele garantiu que as solicitações serão todos encaminhadas diretamente ao Prefeito Jair Foscarini.

Histórico
Embora previstas no Regimento Interno da Câmara Municipal, a realização das sessões comunitárias não é obrigatória, assim como também não é obrigatória a presença dos vereadores. As sessões foram criadas em outubro de 1991, por iniciativa do vereador Renan Schaurich, através da Resolução nº 15/10L/91. Em 16 anos de vigência, as sessões comunitárias foram realizadas nos anos de 1992, 1994, 1997, 1998, 2003, 2004, 2006 e 2007, totalizando oito anos alternados