Canudos reclama do atendimento precário nos postos de saúde
Cerca de 40 pessoas acompanharam a Sessão Comunitária realizada pela Câmara na última quarta-feira, 4, no Atlético Clube Veterano do Bairro Canudos.<br /><br />A sessão, cuja presença dos vereadores não é obrigatória, foi presidida pelo vice-presidente Antonio Lucas, que responde interinamente pela presidência na ausência do titular Ito Luciano. Compareceram à reunião os vereadores Teo Reichert, Gilberto Koch, Renan Schaurich, Jesus Maciel Martins, Lorena Mayer e Paulo Kopschina.<br /><br />MAIS CÂMERAS<br />O líder comunitário Pedrinho de Oliveira reclamou que a população continua aguardando o posto de saúde com atendimento 24 horas no Bairro. Falou do desemprego que atinge as Vilas Getúlio Vargas, Kipling, Iguaçu e o Loteamento Marisol. Apresentou um mapa com os pontos de localização das novas câmeras de vigilância necessárias à segurança de Canudos, a saber: na Rua Bartolomeu de Gusmão com a Rua Noel e em mais três pontos ao longo dessa via; na Rua Vereador Oscar Horn entre as ruas Silvio Gilberto Christmann e Odon Cavalcante e na Silvio Christmann com a Rua Bruno Werner Stork; na Avenida dos Municípios com a Rua Bruno Werner Stork e na Avenida São Leopoldo com a Bruno Werner Stork.<br /><br />O QUE JÁ FOI FEITO<br />Pedrinho de Oliveira agradeceu as obras realizadas na Vila Iguaçu e citou o asfalto da Avenida Alcântara no trecho entre a Rua João Luciano da Rosa até a Heron Domingues e o acesso ao Loteamento Marisol, da Rua Emílio Riegel até a Vila Iguaçu. Também citou a iluminação da Rua Ângelo Provenzano e a canalização do Beco Bandeirante.<br /><br />Finalizando, reforçou o pedido para a instalação do Distrito Industrial, que definiu como "a grande esperança para os desempregados".<br /><br />FALTAM MÉDICOS<br />Diones Martins disse que a situação nos postos de saúde é uma "vergonha" porque falta material e condições para os médicos e dentistas trabalharem, além de medicamentos. O comerciante Jair Barreto, vice-presidente do Atlético Clube Veterano, afirmou que faltam médicos traumatologistas, pediatras, ginecologistas e dentistas nos postos de Canudos e da Vila Iguaçu. Também reclamou da falta de segurança.<br /><br />MARISOL<br />Evaldo Leoblein, representando a Mitra Diocesana da Igreja Católica falou do trabalho que vem sendo desenvolvido no Loteamento Marisol. A Prefeitura vai doar uma área de terra com 20 mil metros quadrados onde será construído um complexo para atendimento social, educacional, esportivo e de saúde, contando com capelas mortuárias e creches comunitárias. O centro de atendimento terá a participação da Igreja Católica, através da Cáritas, da Associação de Moradores do Loteamento Marisol, da Associação das Igrejas Adventistas e da Comissão Regional de Assistência Social, de Saúde e de Segurança Pública do Bairro Canudos. O projeto de cedência do terreno deverá ser submetido à aprovação da Câmara Municipal em breve e tanto Evaldo Leoblein quanto Pedrinho de Oliveira solicitaram o apoio dos vereadores para o projeto.<br /><br />CONSELHOS<br />O presidente da União das Associações Comunitárias - UAC, Anildo Mastordof, defendeu o pleno funcionamento dos conselhos municipais. Disse que o conselho municipal de transportes não funciona, argumentando que as pessoas não têm acesso ao trabalho do mesmo. Criticou o aumento das passagens e questionou o fato dos vereadores não poderem participar da decisão sobre a fixação do valor da passagem. Também pediu a atenção da Câmara Municipal para a possibilidade de transformação do Conselho Municipal de Urbanismo, que poderá passar de consultivo para deliberativo.<br /><br />PROTESTO<br />O vereador Teo Reichert fez um pronunciamento veemente, apontando a falta de respeito da Prefeitura para com os vereadores e moradores de Canudos. Passados um ano e três meses da última sessão comunitária realizada em Canudos, que resultou no encaminhamento de 39 reivindicações ao prefeito, nenhuma resposta chegou ao Legislativo. Teo informou à platéia que 70% do faturamento do Hospital Municipal se destina ao pagamento de funcionários e que tanto o Hospital quanto a Associação Hospitalar, que abrigam mais de 1.100 funcionários, se transformaram num cabide de emprego. E ainda disse: "falta tudo nos postos de saúde porque o dinheiro está sendo desviado para bancar o cabide de emprego da Prefeitura". Também apontou a situação das pontes e afirmou que se algum acidente acontecer a culpa é da Prefeitura.<br /><br />JUSTIFICATIVA<br />O líder do governo Paulo Kopschina respondeu às críticas: "Não está as mil maravilhas, mas também não está tão ruim assim". Justificou os problemas de atendimento nos postos com entraves nas licitações, disse que o Hospital tem sido elogiado pelo atendimento e lembrou que o problema de segurança é crônico no país e que as câmeras de vigilância são uma conquista para o bem-estar dos moradores.<br /><br />DESAFIO<br />A vereadora Lorena Mayer desafiou o público a apontar algo de bom que a atual administração tenha feito. Ela orientou as pessoas a procurarem o Ministério Público quando não conseguirem atendimento médico. Declarou que se sente envergonhada, como vereadora, de pedir creche e asfalto.<br /><br />O vereador Jesus Maciel Martins anunciou que está reivindicando a instalação da farmácia popular, a distribuição de remédios para hipertensão, renite alérgica e outras doenças e melhores condições de segurança com o 3º BPM.<br /><br />O vereador Gilberto Koch criticou o governo municipal que tem verba de R$ 6 milhões para fazer obras na Morada dos Eucaliptos e não as realiza porque houve um problema na licitação. "O dinheiro está parado e a população aguarda as melhorias a quem tem direito".<br /><br />O vereador Antonio Lucas concordou que o atendimento nos postos de saúde de Canudos e São José não é bom, mas que a marcação de consultas funciona bem. Apontou projetos que trouxeram melhorias para Canudos, como os das câmeras de vigilância e dos que liberaram verbas para atendimento de crianças, jovens, mulheres grávidas e idosos em situação de risco. <br /><br />Revelou que tem mantido contatos com a Brigada para melhorar a segurança e que a defasagem do efetivo em NH é de 50%.<br /><br />O vereador Renan Schaurich, autor da lei que deu origem às sessões comunitárias, defendeu a continuidade das reuniões e o contato dos vereadores com os problemas de cada bairro.