Escolas estaduais do município têm carência de mais de 300 horas/aula

À frente da 2ª Coordenadoria Regional de Educação há dois meses e meio, a professora Terezinha da Silva Roque informou na sessão desta terça, dia 29, que em 19 das 30 escolas estaduais de Novo Hamburgo há falta de 338 horas/aula e de 17 professores. Conforme os dados fornecidos por Terezinha, a carência em março era seis vezes superior tanto em relação às horas quanto em relação aos educadores. Ela esclareceu que as vagas surgem em função de licença saúde, licença gestante e desistências. <br /><br />A coordenadora esteve no Legislativo a convite da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, integrada pelos vereadores Ralfe Cardoso (presidente), Anita Lucas de Oliveira (secretária) e Soli Silva (relator).<br /><br />Terezinha disse que a maior carência é de professores de História e de Matemática. Ela destacou que as contratações estão sendo providenciadas e que em breve os profissionais chamados assumirão as suas funções. De acordo com Terezinha, saíram 170 novas nomeações referentes ao concurso de 2005. Esses profissionais não serão destinados apenas a Novo Hamburgo. A 2ª Coordenadoria Regional de Educação abrange outras cidades do Vale do Sinos, Vale do Paranhana, Vale do Caí e Vale do Taquari. <br /><br />Já no caso das contratações emergenciais, as pessoas chamadas para assumir as vagas são comunicadas por telegrama e têm 48 horas para responder se pretendem assumir o cargo.Terezinha relatou que muitos deles por questões pessoais não aceitam. Em alguns casos, a desistência ocorre após os novos contratados visitarem a escola em que irão atuar. <br /><br />O vereador Ralfe Cardoso destacou que as contratações emergenciais são uma medida paliativa e que não resolvem o problema. Ele mencionou o caso da Escola Boa Saúde, cujo quadro de funcionários tem apenas 2 ou 3 concursados, sendo o restante profissionais contratados. <br /><br />O vereador Antonio Lucas (PDT) denunciou que na Escola Antonio Augusto Borges de Medeiros, na qual estuda o seu filho, apenas na terça-feira estão sendo dados os cinco períodos de aula. Ele indagou a coordenadora se seria possível recuperar essas aulas. Surpresa com a informação, Terezinha afirmou que iria verificar a situação dessa unidade educacional. Segundo os dados da professora, havia apenas carência de 15h de aulas de Português na escola.<br />