Retirado projeto de reajuste dos municipários
A pedido de representantes do Grêmio Sindicato dos Funcionários Municipais, do sindicato dos professores de Novo Hamburgo e do Comando de Greve, foi retirado nesta quinta, dia 26, o requerimento para colocar na ordem do dia o projeto de lei que reajustava em 4% os salários do funcionalismo público municipal. As categorias reivindicam um percentual de 8% de reposição. Na quarta, dia 25, os servidores públicos municipais entraram em greve para pressionar o governo.<br /><br />No princípio da sessão, o vereador Ralfe Cardoso (P-SOL) solicitou ao presidente Ito Luciano (PMDB) alguns minutos para que representantes do funcionalismo pudessem conversar com os parlamentares. A decisão de adiar a votação do projeto, encaminhado pelo Executivo, foi tomada após a reunião realizada no Plenarinho entre todos os vereadores e as categorias, representadas por Valnei Rodrigues, Leonel Prado, Rogério Barreto de Souza, integrantes do Grêmio, Luciana Martins, presidente do Sindicato dos professores, Simone Moura e Valderes D’ávila. Eles ressaltaram que rejeitavam o projeto encaminhado pelo governo. Além de não contemplar o funcionalismo com o percentual reivindicado e com o vale-refeição, ele acrescentaram ainda que a Prefeitura não apresentou um plano de carreira para a guarda municipal e para os professores.<br /><br />- Nós não estamos pedindo o que é inviável - afirmou Luciana Martins, referindo-se aos 8% pleiteados pela comissão que que comanda a greve.<br /><br />Ao ser retomada a sessão após o debate, o líder do governo, Paulo Kospchina, anunciou que retirava o requerimento para incluir o projeto de reajuste entre as matérias a serem apreciadas na quinta. Ele disse que o Executivo pretendia votar a matéria o quanto antes para que o reajuste entrasse já na folha de abril.<br /><br />Já o vereador Gilberto Koch (PT) lembrou aos servidores presentes que o aumento deverá ser retroativo ao mês de abril, mesmo que saia em maio, explicando que o funcionalismo municipal irá receber inclusive sendo a votação da matéria postergada.<br /><br />Diversos parlamentares se pronunciaram durante a reunião e a sessão para destacar a necessidade de o funcionalismo e o Executivo entrarem em um consenso. <br /><br />- O projeto de lei, quando vier para a Câmara de Vereadores, deve ser resultante de uma definitiva negociação entre as partes - destacou Renan Schaurich.<br /><br />Teo Reichert (PDT) e Volnei Campagnoni (Independente) alertaram que a justificativa do projeto encaminhado pelo Executivo contempla o auxílio alimentação, contudo, o vale-refeição não consta na proposta. <br /><br />Bassani revelou que tomou conhecimento do projeto apenas nesta quinta:<br /><br />- Que a Câmara de Vereadores não seja chamada apenas para apagar o incêndio. Queremos participar mais dessas discussões para que possamos nos posicionar melhor.<br /><br />