Acatado veto ao projeto de lei que cria cargos na Câmara

por admin última modificação 16/10/2020 19h55
Quatorze vereadores se mostraram favoráveis à decisão do Executivo
Por unanimidade, foi acatado na sessão desta quinta, dia 8, o veto ao projeto que cria sete cargos de assessor parlamentar, de provimento em comissão. Os 14 vereadores se mostraram favoráveis à decisão do Executivo. O prefeito Jair Foscarini (PMDB) alegou que a proposta contraria interesse público. Na justificativa do veto, lê-se: "Conforme ampla divulgação da imprensa local, em face de verdadeiro clamor público relativo a necessária contenção de gastos no setor público, reputamos também deva se vetado o referido projeto 012/14l/2007, por contrariar o interesse público".

O presidente da Câmara Municipal, Ito Luciano, que apresentou o projeto em nome da Mesa Diretora, atendendo solicitação de vários vereadores, anunciou, da tribuna, que votaria pela manutenção do veto. Ele explicou que a mudança da sua posição ocorreu após reuniões com entidades, com a comunidade e com os próprios vereadores que haviam sido favoráveis ao projeto.

Segundo ele, muitos gabinetes já têm a figura do terceiro assessor, tendo o salário custeado pelo próprio vereador. A apresentação do projeto visava também regularizar essa situação.

Por sua vez, o vereador Gilberto Koch (PT) disse que o Legislativo deve discutir assuntos mais importantes para a comunidade.

- Entendo que, nesse momento, não é essa a prioridade dessa Casa. Por isso, eu voto sim pelo veto - acrescentou o vereador Gilberto Koch (PT).

O vereador Soli Silva (PDT) admitiu que ajudou a pedir o projeto de criação de mais sete cargos de assessor parlamentar, mas que mudaria de posição.

- Não me sinto menos homem por estar refletindo. Essa minha mudança não é repentina - acrescentou o parlamentar.

Soli afirmou que não tem vergonha de mudar de opinião. Sua decisão não foi guiada pelo medo, mas após conversar com a família e os demais parlamentares optou por acatar o veto. Ele encerrou o seu discurso, dizendo que deseja receber os aplausos da própria consciência.

O vereador Gerson Peteffi (PSDB) disse que "nada é pétreo". E concordou que o vereador Soli Silva não deve se envergonhar em repensar a sua posição.

- O senhor está reinterpretando um pensamento seu - acrescentou.

Na justificativa do voto, Antonio Lucas destacou que não foi por causa da imprensa que acatou o veto. Ele esclareceu que alterou a sua posição após a reunião dos sete vereadores que votaram a favor da criação do cargo.

Veja o veto

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