11/11/2010 - Lei sobre poluição sonora é alterada
Na sessão desta quinta-feira, 11, os vereadores
aprovaram por oito a dois votos, em primeiro turno, o Projeto de Lei nº
120/2010, que altera a Lei Municipal nº 148/1992. A proposta do
Executivo tem por objetivo esclarecer aspectos relativos à poluição
sonora causada por atividades religiosas. Foram contrários Sergio
Hanich e Luiz Carlos Schenlrte, ambos do PMDB.
Limites
O PL
estabelece que a propagação sonora no ambiente externo – durante as
atividades realizadas em templos de qualquer crença – não poderá
ultrapassar o limite de 85 decibéis em zonas industriais, de 80
decibéis em zonas comerciais, e de 75 decibéis em zonas residenciais. À
noite, o limite será de 70, 65 e 60 decibéis, respectivamente. Além
disso, proíbe o uso de equipamentos amplificadores de propagação sonora
das 22 horas às 8 horas.
Medições
As medições da propagação
sonora pelas autoridades ambientais deverão contar com representante
indicado pela direção da entidade religiosa onde se fizer a medição.
Para constatação do excesso deverão ser feitas três medições, com
intervalo mínimo de quinze minutos, resultando na média, que será o
numero considerado para a conclusão da existência ou não do excesso.
A
proposta ainda prevê que as medições serão efetuadas dentro do
domicilio ou estabelecimento prejudicado, com as janelas e portas
fechadas, sem prejuízo da ventilação necessária e à distancia de 1
metro da parede e de 1,20 metro do solo.
Prazo
Constatado o
excesso, será concedido prazos de 90 a 180 dias para a adequação das
instalações. A multa somente será aplicada em caso de reincidência ou
na ausência das providencias determinadas pela autoridade ambiental.
Debate
Luiz
Carlos Schenlrte (PMDB) disse acreditar que o projeto é bom, mas que
ele poderia contemplar outros aspectos, como os carros de som, e que
penaliza as igrejas mais humildes. O líder do governo na Casa, Gilberto
Koch (PT), apontou que a proposta foi debatida com representantes das
igrejas. "Muitos templos estavam sendo denunciados, e isso criava um
clima muito difícil." Leonardo Hoff (PP) fez um contraponto ao
peemedebista. "Acho que a opinião de Carlinhos tem fundamento. Mas
precisamos nos colocar no lugar de quem é prejudicado pelo barulho."
Antonio
Lucas (PDT) também afirmou que o PL foi feito após um acordo com as
entidades religiosas. "O problema é que a medição é na casa da pessoa
que denuncia o barulho, o que pode prejudicá-la." Ricardo Ritter – Ica
(PDT) disse acreditar que, mesmo com a lei, o problema não será
resolvido. "O tema ainda vai ser muito debatido."
Sergio Hanich
(PMDB) apontou que esse novo limite de decibéis deveria valer para
outras entidades e estabelecimentos comerciais. "Deveríamos discutir
mais esse assunto."
11/11/2010