11/05/2011 - Vereadores pedem fim da guerra fiscal

por tatianelopes — última modificação 16/10/2020 19h55
Fechamento de postos de trabalho na Azaleia foi tema de pronunciamentos

Na sessão de terça-feira, 10, os vereadores falaram sobre o fechamento de 800 postos de trabalho em Parobé pela Azaleia, entre outros assuntos. 

O presidente Leonardo Hoff (PP) destacou que a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista vai seguir defendendo a atração de novos investimentos para Novo Hamburgo. "É uma batalha que beneficia toda a região." Ele disse que muitas empresas, hoje, acabam optando pela internacionalização na busca do melhor retorno aos investidores. E lamentou que essa guerra fiscal entre países ocorra dentro das fronteiras brasileiras. "Com 400 deputados federais e 50 senadores da base, dá pra acabar com a guerra fiscal no país ou não dá? O que está faltando?", questionou. 

Hoff disse ainda ter ficado indignado com o que foi mostrado em uma reportagem sobre merenda escolar exibida domingo no Fantástico. "Tem que prender quem dá comida estragada para crianças." E destacou que recebeu reclamações sobre o mamógrafo do Hospital Municipal, que está estragado. Alex Rönnau (PT) disse que a troca da peça já está sendo providenciada.

O vice-presidente Matias Martins (PT) também falou sobre a Azaléia. "Espero que pelo menos paguem a rescisão em dia", afirmou, lembrando que há unidades da fábrica na Índia e na Argentina. "Isso é capitalismo predatório. Uma empresa como essa não precisava fazer isso, tinha condições de manter a unidade em Parobé. Mas não há nenhum compromisso com o social, ninguém se preocupou com os pais de família." O vereador destacou que, apesar dessa notícia triste, há boas novidades para os trabalhadores, como o investimento que será feito para que empresas locais participem da Francal, grande feira calçadista em SP, e o investimento de mais de R$ 3,8 milhões para a implantação da HamburgTech, aprovado naquela sessão. 

Gilberto Koch (PT) lamentou o fim dos empregos na cidade vizinha. "Por isso sou contra a guerra fiscal. O capital vai explorar aonde há mão de obra mais barata." Ele também disse que, após reunião da comissão de negociação, foi acordado em 6,5% o dissídio coletivo do funcionalismo. "Agora vamos poder votar a reposição."

Segurança
Raul Cassel (PMDB) destacou que, recentemente, um presidiário com tornozeleira foi descoberto traficando drogas no Vale do Sinos. Carmen Ries (PT) também falou sobre problemas na segurança e no sistema penitenciário. "Há pessoas que perderam tudo nas enchentes; dentro dos presídios, muitas têm até celular."

Ricardo Ritter – Ica frisou que, se há juizes que soltam bandidos, é porque há leis. "O Legislativo que deve mudar, estou criticando nossos colegas na esfera federal. O Judiciário só cumpre a lei." Ele destacou que a progressão da pena é uma oportunidade de reinclusão na sociedade, através do trabalho. "Nem todos os que estão na prisão são perigosos, devemos partir da premissa de que alguns querem retornar à sociedade."

Copa 2014, cidadania e saúde
Ica comemorou a divulgação, pela Fifa, das cidades pré-selecionadas para a próxima Copa do Mundo. "Novo Hamburgo está entre as 12 cidades do Rio Grande do Sul. Vamos continuar trabalhando para que nossa cidade receba uma seleção. A competição está mais acirrada."

A suplente Rosane de Oliveira, que estava no lugar de Gerson Peteffi (PSDB), falou sobre cidadania. Ela contou que assistiu na TV um programa que mostrava pessoas sujando as ruas em Nova York e em São Paulo. Na cidade norte-americana, os cidadãos ficaram indignados. Aqui, ninguém deu bola. "Por que aqui aceitamos tudo?", questionou. 

Alex Rönnau frisou que a saúde em NH vem melhorando. "Já se percebem algumas mudanças. Em Canudos não há mais tanta fila, diminiu o número de pessoas que não conseguem fichas, e contamos com lugares decentes. Também há outras unidades previstas."

Jesus Maciel (PTB) questionou o preço cobrado pelos postos de gasolina.