Reunião com empresários tem saldo positivo
Representantes da ACI, Sindilojas, Sindicado dos Comerciários e Grupo Pensando Novo Hamburgo reuniram-se com o presidente Ito Luciano, na tarde desta terça-feira, 06, na Câmara Municipal. Participaram da reunião os vereadores Antonio Lucas, Lorena Mayer, Gilberto Koch, Ralfe Cardoso, Volnei Campagnoni, Paulo Kopschina e Cleonir Bassani. O grupo invocou as dificuldades econômicas enfrentadas em 2006 e sugeriu que a Câmara Municipal aguarde mais um ano para efetivar a contratação de novos assessores. Os empresários relataram que vêm sendo pressionados pela comunidade, sob o argumento de que há necessidades mais urgentes a serem atendidas. Após várias horas de debate o grupo definiu o encontro como positivo. "Saímos daqui de braços dados, com outra visão da cidade’, afirmou um dos representantes dos empresários. A reunião transcorreu em clima cordial e Ito Luciano saudou a iniciativa, propondo que ouçam a Câmara primeiro e não se deixem influenciar sem conhecimento de causa.<br />Ito Luciano explicou que o projeto da Mesa Diretora, aprovado pelo plenário, foi apresentado a pedido de vários vereadores. Na verdade, como esclareceu, "não foi criado mais um cargo. Foi feita uma adequação. Tínhamos 21 vereadores. Com a redução para 14 vereadores ficaram sete cargos de assessor e sete de coordenador de gabinete. O que fizemos foi extinguir sete para ficar 14. O que houve foi uma adequação, uma troca de sete por sete". <br />DINHEIRO PARADO<br />Referindo-se às dificuldades citadas pela comunidade e ao exemplo de Vitor Gatelli, do Sindicato dos Comerciários, que falou dos problemas da escola pública em que seu filho estuda, Ito Luciano afirmou que "se a Prefeitura administra mal é porque o orçamento está mal projetado. Deve ter dinheiro parado em outra rubrica". <br />SEM RANCOR<br />Voltando a justificativa do projeto, Ito declarou que a maioria dos vereadores apresentou-lhe a solicitação para que houvesse a possibilidade de contratar mais um assessor. "Todos os problemas caem aqui e mesmo com o crescimento da cidade, isso não muda. Temos que atender o povo que nos procura. Os gabinetes estão lotados. Não podemos fantasiar. O que acontece com a entidade ou a empresa que vocês representam, se não progredir ou se atualizar? Quem não fez isso fechou ou quebrou. Não tenho rancor de ninguém, mas acho que devemos nos respeitar", disse Ito, referindo-se ás críticas do Jornal NH. "Apesar da campanha desenvolvida pelo Jornal NH, não recebi nenhum telefonema ou manifestação de qualquer pessoa me criticando pela apresentação dos projetos. O vereador que colocar um terceiro assessor será porque tem necessidade e já deixamos claro que não há obrigação de fazê-lo. Muitos já têm este terceiro assessor, como é o caso da vereadora Lorena Mayer, que paga do seu bolso o salário do mesmo. Outros vereadores também têm. O projeto, na verdade, busca regulamentar uma situação que já existe. Se não houvesse necessidade de assessor, não contrataríamos".<br />VETO<br />Sobre o veto do prefeito, Ito declarou: "Quem não quer, não faz. Eu se fosse o Jair não teria vetado porque o Executivo já criou inúmeros cargos e Jair vetou levado pela pressão popular".<br />O vereador Ralfe Cardoso (PSOL) perguntou: <br />- Por que não se fez o mesmo movimento com relação ao Executivo?, revelando que em 2006 a Associação Hospitalar contratou 777 pessoas. "Se as entidades têm essa preocupação, ela é bem-vinda, mas falta a outra parte no cumprimento desse papel, que é o Executivo".<br />COBRANÇAS<br />Ralfe Cardoso manteve sua posição contrária à contratação do terceiro assessor e comprometeu-se a requerer ao Executivo a lista de CC’s da Prefeitura e distribuí-la às entidades presentes à reunião.<br />A vereadora Lorena Mayer confirmou que manterá seus três assessores porque o volume de trabalho assim o exige. <br />Sobre Ralfe, afirmou. "O vereador diz que não tem serviço para três assessores em seu gabinete. Hoje não tem, mas talvez depois tenha para três, como hoje tem para dois".<br />DENÚNCIA<br />Para surpresa das entidades participantes da reunião, Lorena Mayer informou que há um ano a cidade está sem aparelho de raio-x para exames nos postos. Disse, ainda, que desde que o médico pediatra morreu, os postos estão sem pediatra pela manhã e Ito confirmou que não há médicos nos postos. Segundo o presidente da Câmara, o próprio Jair confessou-lhe que os médicos não querem trabalhar na Prefeitura. E foi contratado algum assessor pela Câmara para que se justificasse esse quadro de falta de atendimento, perguntaram Ito e Lorena. A resposta é não. Portanto, como justificaram, a discussão está mal focada. Não é a criação de cargos que determina a dificuldade na prestação de atendimento à população.<br />