Ambientalistas ocupam tribuna na defesa de seringueiras

por admin última modificação 16/10/2020 19h55
Obra de Receptivo Turístico pode causar corte de árvores

A tribuna popular da sessão do dia 13 foi ocupada por integrantes de dois movimentos contrários à derrubada de duas seringueiras da Praça do Imigrante. O possível corte das árvores estaria sendo estudado pela administração municipal para possibilitar a construção de um Receptivo Turístico. O presidente do Movimento Roessler, Markus Wilimzig, refutou as alegações de que as raízes das árvores estariam provocando o entupimento das tubulações dos banheiros públicos instalados na área. Ele afirmou que as espécies não crescerão mais, portanto, não causariam mais problemas no encanamento. <br /><br />O Receptivo Turístico representa um investimento de R$ 278 mil. A obra deve ter início já em fevereiro. Para Wilimzig, não há a necessidade da derrubada das árvores para a realização do projeto no local.<br /><br />Markus Wilimzig defendeu ainda que as duas seringueiras absorvem 100 quilogramas de carbono da atmosfera. Ele relatou ainda que o Movimento Roessler entregou na Prefeitura um abaixo-assinado e documentos para embasar a defesa da manutenção das árvores. <br /><br />Além de Wilimzig, esteve na tribuna a Coordenadora do SOS Rio dos Sinos, Dione Dias de Moraes. Ela destacou que atualmente não faz sentido o corte de árvores, especialmente porque a maior parte do buraco da camada de ozônio está sobre o Rio Grande do Sul. A ambientalista defendeu ainda a necessidade de se intensificar o plantio principalmente nas calçadas onde as pessoas precisam transitar, já que os protetores solares não seriam mais eficazes na proteção da pele.<br /><br />- Só vamos sentir os efeitos desses raios ultravioletas daqui a cinco anos - acrescentou. <br /><br />Ela destacou que as mudanças climáticas que o planeta vem passando - seca, enchentes, furacões - são em decorrência do aumento do efeito estufa. Em seu pronunciamento, Dione Dias de Moraes lembrou ainda os graves problemas ambientais que o Rio dos Sinos está sofrendo. <br />