Comunidade discute violência em escola do Bairro Liberdade

por admin última modificação 16/10/2020 19h55
Trevisan desconhecia os fatos

Com a presença de órgãos de segurança do Município, de representantes do CPM e da diretora da Escola Estadual Luiza Teixeira Lauffer, Regina Manique da Silva, foi realizado durante a sessão desta quinta-feira, 30, no espaço da Tribuna Popular, um debate sobre a denúncia de violência nas imediações da escola, feita na última terça-feira, 21.<br />Estavam presentes o secretário de Segurança, Trânsito e Transporte, José Carlos Trevisan; o comandante da Guarda Municipal, Gilberto Virkoski da Silva; o Major da Brigada Militar Cláudio Rieger; a diretora da escola Luiza Teixeira Laufer, Regina Manique da Silva e a representante do Circulo de Pais e Mestres da Escola, Odila Rosa Martins.<br />REGISTRO DE OCORRÊNCIA<br />A diretora ratificou o pedido de auxílio feito na terça-feira, 21. "Dentro da escola nós conseguimos controlar, mas nas proximidades está difícil. Os alunos são ameaçados, e têm seus pertences roubados. A comunidade tem medo de registrar as ocorrências", argumentou. <br />SECRETÁRIO SE DIZ SURPRESO E CHATEADO<br />O secretário José Carlos Trevisan se disse surpreso e chateado com a situação. Segundo ele, a secretaria não recebeu reclamações por parte da escola. "É a primeira vez que ouço falar em problemas naquela escola. Temos que fazer mais reuniões trazendo pais para a escola, fazendo trabalho de prevenção", avalia. <br />Já o Major Cláudio Rieger disse que a Brigada Militar trabalha com intensificação de policiamento de acordo com as estatísticas locais. Segundo ele, em um ano, nos arredores da escola, foram registradas 25 ocorrências. "Se avaliarmos as estatísticas, teremos locais que precisam mais atenção do que esta região", disse, informando que além do policiamento ostensivo, haverá uma viatura discreta para fazer patrulhamento no local.<br />EXPOSIÇÃO<br />A manifestação da representante do Círculo de Pais e mestres, Odila Rosa Martins, foi interrompida pelo secretário Trevisan, que lhe pediu discrição. "Peço à senhora que não entre em detalhes, que os passe para nós, porque o delinqüente se vinga naquele que denuncia, por isso pedimos que a pessoa não se exponha, que vá direto ao órgão de segurança".<br />O vereador Cleonir Bassani (PSDB) disse que é importante a preservação dos nomes conforme disse o secretário, mas se a comunidade faz a ocorrência, conforme pede a Brigada Militar, o nome fica registrado e a pessoa ainda mais à mercê da violência. <br />Soli Silva (PDT) lembrou de projeto de sua autoria que instituía urna coletora de informações, colocada estrategicamente na cidade para que denúncias fossem feitas. Sugeriu buscar a lei e colocá-la em prática.<br />"Mais importante do que estes mecanismos, é que haja consciência das pessoas de que elas também são responsáveis pela segurança pública", disse o secretário. O major lembrou que a BM já utilizou a experiência das urnas, mas que elas produziram muito pouco para seu objetivo.<br />OFENSIVA<br />O vereador Antônio Lucas (PDT) sugeriu a participação do Ministério Público e Juizado da Infância e Adolescência na ofensiva contra a violência em volta da escola. <br />O comandante da Guarda Municipal, Gilberto Virkoski da Silva, disse que quando encaminhados à Guarda, os problemas nas escolas são avaliados. Ele disse ainda que as escolas são atendidas por um pelotão guardas em motocicletas. "Porque não há efetivo para ter um guarda em cada escola".<br />O vereador Ito Luciano (PMDB) alertou que a área da escola Luiz Teixeira Lauffer é uma área de risco. Para João Marcos (PTB) a presença da viatura já inibe a ação. Ele lamentou a falta de contingente.<br />Para Ralfe Cardoso (PSOL) o que falta não é policiamento, mas políticas públicas para a juventude. "Se nada for feito, a calamidade será maior. Esta manifestação deve servir de aviso, senão ao invés de investimento, vamos acabar gastando com repressão".<br /> <br /> <br /> <br /><br /> <br /><br /><br />