Rejeitado projeto que exige permanência do vereador na Ordem do Dia
O plenário rejeitou mais uma vez, nesta última quinta-feira, 9, por 7x7, o projeto de resolução do vereador Soli Silva (PDT) que determina que será considerado ausente da sessão, o vereador que apenas assinar o Livro de Presenças e ausentar-se do plenário, sem participar da Ordem do Dia na sua integralidade. Para ser aprovado, o projeto teria que obter 10 votos favoráveis, considerando que matérias que alteram o Regimento Interno ou a Lei Orgânica Municipal necessitam de dois terços dos votos favoráveis para serem aprovadas.<br />Antes da votação do projeto, Soli ainda pediu vistas de 15 dias à proposta, mas teve o pedido rejeitado por 9x4. "Para que possamos nos debruçar sobre o projeto, pensar, refletir, trocar idéias e quem sabe ao final, mudar a opinião", argumentou. <br /><br />FAVORÁVEIS<br /><br />"Continuo acreditando que uma das primeiras funções do vereador é votar os projetos", ratificou Soli Silva, ao defender a aprovação do projeto. Volnei Campagnoni (PMDB) também defendeu o mérito da proposta. "Ninguém entrou aqui por outro motivo, precisamos cumprir nossa função, e votar projetos é o nosso papel". <br /><br />"Isso deveria ser obrigação nossa, não deveria ser matéria de projeto", argumentou Gilberto Koch (PT), que concluiu: "Vereador foi eleito pelo povo e tem que votar". Anita Lucas de Oliveira (PT) destacou que "a ocupação do vereador em terças e quintas-feiras é estar aqui votando projetos".<br /><br />"Concordo com o projeto porque entendo ser essa a vontade do povo de NH e sendo o cidadão quem paga impostos e salário de todos os funcionários públicos, o projeto deveria ser aprovado", disse o vereador Jorge Luz (PMDB).<br /><br />CONTRÁRIOS<br /><br />O vereador João Marcos (PTB) argumentou que quando os projetos são complexos, os vereadores sempre estiveram presentes nas votações. "Muitos vereadores têm obrigações sérias e não podem se dar ao luxo de participar da votação de projetos eleitoreiros", justificou.<br /><br />Para Antônio Lucas (PDT), "ficar até o fim da sessão é obrigação e responsabilidade de cada vereador. Já vi muita gente dar discurso bonito e inflamado e esquecer de trabalhar na rua. Veio a eleição e não conseguiram se reeleger". <br /><br />Ito Luciano (PMDB) disse que não concorda com o projeto porque delimita o trabalho. "Parlamentar não tem que ser cabresteado, ele tem que saber da sua responsabilidade. Cada um atende como quer e cada um faz como quer. Não vou concordar jamais com projeto delimitando vereadores".<br /><br />A VOTAÇÃO<br /><br />Votaram a favor da alteração os vereadores Gilberto Koch e Anita Lucas de Oliveira (PT), Jorge Luz e Volnei Campagnoni (PMDB), Ralfe Cardoso (PSOL), Teo Reichert e Soli Silva (PDT). Foram contrários os vereadores Antônio Lucas (PDT), Cleonir Bassani e Gerson Peteffi (PSDB), Ito Luciano (PMDB), João Marcos e Renan Schaurich (PTB) e Lorena Mayer (PFL). <br /><br /> <br /><br />