Vereadores avaliam resultado das eleições
Em meio à críticas e denúncias os vereadores hamburguenses avaliaram as eleições de 1° de outubro. Dos 14 vereadores, cinco concorreram a deputado estadual e nenhum se elegeu. Paulo Kopschina (PMDB) contabilizou 14.749 votos, Ralfe Cardoso (PSOL) 12.897 votos , Lorena Mayer (PFL) 23.492 votos, Cleonir Bassani (PSDB) 11.876 votos e Gerson Peteffi (PSDB) 17.228 votos.<br />BONITEZA<br />Na avaliação de Ito Luciano os candidatos do PSDB poderiam ter eleito um representante na Assembléia Legislativa. "Não sei para que colocar tanto candidato, porque se fizesse a soma do Dr. Peteffi com a Tata já chegava para que ele fosse eleito. Será que o Júlio Redecker mais uma vez usou eles de cobaia para fazer votos para ele? É incrível como as pessoas se deixam levar por ele. E se o Alkmin e a Yeda ganharem ele não vai mamar numa teta, mas nas quatro de ponta a ponta".<br />Ito lamentou os votos que faltaram para a eleição dos vereadores que concorreram, enquanto analisava os candidatos de fora que tiveram grandes votações na cidade. "E aí vem uma candidata aqui que ninguém sabe quem é e faz 14 mil votos: a Manuela. Quem é que conhece a Manuela? Mentiram que votaram nela porque era bonita, então não conhece pessoalmente, porque não tem nada de boniteza. E aí a RBS coloca o homem do tempo, é o mais votado: Paulo Borges, só porque ele dava ali o tempo?".<br />NINHO DE COBRAS<br />Ito Luciano afirmou que seu companheiro de partido, Paulo Kopschina, poderia ter tido votação maior. "A mídia lhe prejudicou, porque a todo momento eles publicavam que o candidato do PMDB estava cassado. E teve candidato local que apresentava o jornal ao eleitor sugerindo que não votasse em Kopschina porque ele estava cassado. Esses são os companheiros que a gente tem aqui. Prá que comprar e criar cobra se já estamos em um ninho aqui dentro", disse o vereador.<br />KOPSCHINA EXPLICA CASSAÇÃO<br />Kopschina lamentou o uso da notícia contra sua candidatura, mas garantiu que os jornais foram usados com "muito mau caratismo, mas é um acerto de contas que será feito depois, no diálogo". Antes disso, fez questão de falar sobre os fatos que levaram às notícias da cassação da sua candidatura. "Em 2002 fui lançado candidato a deputado federal, dois meses depois a candidatura foi retirada, isso está em documento encaminhado ao diretório estadual do PMDB, protocolado na época pelo então presidente César Schirmer. Não havia ainda nenhuma arrecadação, nem despesa, nem conta bancária eleitoral aberta".<br />Segundo ele, em 2004 entrou em vigor uma resolução do TSE, afirmando que nenhuma candidatura pode ter seu registro homologado sem a prestação de contas da campanha anterior. "Em meados de 2004 eu registro candidatura a vereador, concorro, me elejo, estou exercendo a vereança e nada acontece". <br />Kopschina reclamou que este ano o fato veio à tona. "Aparece lá um fato de 2002, na falta de prestação de contas. Mas do quê? De uma candidatura que não ocorreu, de uma campanha que não iniciou, de receita e despesa que não houve?"<br />O vereador alegou que pode ter havido erro administrativo, dele ou do partido. Mas questiona qual teria sido o crime. "Foi mensalão? Não. João Paulo Cunha confessou que pegou R$ 50 mil, foi absolvido, concorreu, se elegeu e é deputado federal de novo. Foi sanguessuga? Também não. Foi máfia das ambulâncias? Também não. Dossiê? Também não. Mas então que crime é esse?"<br />ELEITOR TAMBÉM SE CORROMPE<br />Ito Luciano, que deve fazer uma cirurgia na próxima semana, lembrou "enquanto o eleitor não deixar de ser corrupto, os políticos vão continuar sendo. Tu sai na vila e o que ele quer - me dá tanto que eu voto em ti. Como vamos mudar a política dessa maneira?", questiona.<br />Em outra declaração afirmou que não vota no Lula, mas gostaria que o petista ganhasse a eleição. "Os roubos no governo Lula apareceram porque ficou um monte de fiscal de um lado, fiscalizando uma meia dúzia. Se o Lula perde vai ficar um bando de ladrão do outro lado, que essa meia dúzia não vai conseguir denunciar, não vão ter acesso".<br />Disse também que os problemas dos governos só vão diminuir quando o dinheiro de cargos for para investimentos. "Enquanto não tiver uma presidência, um governo estadual e uma prefeitura que não encha os poderes de cabide de emprego, não vai sobrar dinheiro para investir em saúde, segurança e outras áreas. E cada um que ganha leva a sua turma". <br />TRIBUNA DA CIDADE<br />O vereador Soli Silva (PDT) leu, na íntegra, a coluna do jornalista Geraldo Haubert, proprietário do Jornal Tribuna da Cidade, sob o título "Desvalorização da prata da casa" para avaliar as eleições de 1º de outubro. <br />O texto, na integra, pode ser acessado no arquivo anexo.<br />O presidente Teo Reichert criticou a panfletagem que ocorreu em Novo Hamburgo com acusações a "todos os candidatos". O panfleto denegria a imagem da deputada Floriza dos Santos, que Teo classificou como a melhor primeira-dama que NH já teve, referindo-se ao seu trabalho e ao projeto Comida Urgente. Teo afirmou que é bom que ele não conheça o autor do panfleto, que definiu como sendo um "safado". Teo ainda informou que três carros distribuiam o material impresso, sendo que um dos veículos era de um diretor da Secretaria da Habitação.<br />AVALIAÇÃO POSITIVA<br />Lorena Mayer (PFL), Cleonir Bassani (PSDB) e Ralfe Cardoso (PSOL), candidatos a deputado estadual que não se elegeram, agradeceram os votos recebidos nas urnas. Antonio Lucas (PDT) disse que vai faltar um representante do município. "Mas o povo sabe em quem vota, afinal, os cinco vereadores candidatos são os únicos que atendem a comunidade e os únicos em quem a comunidade consegue chegar". João Marcos (PTB) criticou a eleição de Clodovil e Gilberto Koch comentou o processo eleitoral.<br /><br />