09/09/2011 - Definidos agraciados do Prêmio Vladimir Herzog

por danielesouza — última modificação 16/10/2020 19h54
Entrega ocorrerá no final de outubro

Na manhã desta sexta, dia 9, foi realizada reunião para escolha dos agraciados com a 2ª edição do Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos. Foram eleitos Valdir Henn, como Destaque Pessoa Física, e a Associação dos Deficientes Visuais de Novo Hamburgo (Adevis-NH), como ONG ou Associação da Sociedade Civil sem Fins Lucrativos. A entrega está programada para acontecer durante a Semana da Câmara, no final de outubro.

A premiação foi instituída pela Câmara em 2005, através do Decreto-Legislativo nº 10/2005, alterado posteriormente pelo Decreto-Legislativo n° 09/2007. As indicações podem ser feitas por vereadores, comissões permanentes do Legislativo, pessoas físicas e jurídicas, organizações não governamentais e órgãos públicos. As proposições devem ser encaminhadas, por escrito, à Comissão de Premiação e protocoladas no Legislativo até o dia 1°de setembro. A partir das sugestões, o grupo elege os premiados.

Nesta edição, compuseram a Comissão de Premiação: Noeli Rott Silveira – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA); Naura Maria Casanova Tormann – Conselho Municipal de Assistência Social – COMAS; Marino Rosado – Conselho Municipal de Educação; Vera Amaral – Conselho Municipal de Cultura; Diones Martins Ayres – Conselho Municipal da Saúde; Elisa Ana Saul – Conselho Municipal dos Entorpecentes – COMEN; Ricardo Seewald – Conselho Municipal dos Direitos e Cidadania da Pessoa com Deficiência; e Celia Mantese de Carvalho – Conselho Municipal do Direito e Cidadania do Idoso.

Servidores da Casa também participaram da reunião desta sexta: Cléa Caberlon – diretora-geral; Paulo César Rodrigues – assessor das Comissões Permanentes; Fernanda Vaz Luft – coordenadora legislativa, e Vera Birck, responsável pelo cerimonial.

Saiba quem foi Vladimir Herzog
Nasceu em Osijsk, na Iugoslávia, em 1937. Ainda criança, mudou-se para o Brasil com a família por causa do nazismo. No novo país, o jornalista voltaria a ter sua vida marcada por um regime totalitário. Aos 38 anos, foi preso e morto pela ditadura militar brasileira no dia 25 de outubro de 1975. Professor da USP, teatrólogo e jornalista, era ligado ao Partido Comunista do Brasil (PCB) e trabalhava como diretor do telejornal A Hora da Notícia da TV Cultura.

Foi intimado a prestar depoimento no DOI do II Exército de São Paulo a respeito das suas atividades políticas. O corpo foi mostrado à imprensa, pendurado a uma grade por uma tira de pano do macacão de prisioneiro que usava. No entanto, os jornalistas Duque Estrada, Jorge Benigno Jathay e Leandro Konder, que estavam presentes durante a prisão de Herzog, afirmam que ele morreu sendo torturado pelos militares. A polícia política alegou que Herzog havia se suicidado.

O enterro foi no dia 27 de outubro de 1975. O rabino Henry Sobel negou-se a sepultá-lo como suicida. Pela tradição judaica, os suicidas são enterrados fora dos muros que cercam seus cemitérios. O ato de Sobel foi um recado da comunidade israelita ao governo brasileiro: o laudo da morte não poderia ser aceito pela população brasileira de maneira passiva.

Atualmente, Vladimir é tido como símbolo de luta pela democracia no Brasil. Em 1978, a justiça admitiu que a União foi culpada pela morte do jornalista.

09/09/2011

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