Adiada votação que dá utilidade pública a instituto tradicionalista
Depois de ser rejeitado em primeira votação na terça-feira, 20, o projeto de autoria da bancada do PDT, através dos vereadores Teo Reichert, Antonio Lucas e Soli Silva, que reconhece de utilidade pública o Instituto de Pesquisa da Arte e da Cultura Tradicionalista Gaúcha - IPACTG teve a segunda votação adiada por 15 dias. O pedido de vistas foi feito por Teo Reichert na sessão da última quinta-feira, 22. Ele solicitou que a Comissão de Educação visite o Instituto. <br />A polêmica surgiu na terça-feira, quando o vereador Renan Schaurich (PTB) defendeu a rejeição do projeto, com a alegação de que deveria ser feita uma análise mais profunda. Ele relatou que o Instituto não é filiado ao MTG - Movimento Tradicionalista Gaúcho - entidade máxima da preservação da cultura gaúcha no Estado, conforme ofício da própria entidade. <br />JUSTIFICATIVAS<br />Ao pedir vistas, o vereador Teo Reichert argumentou que é importante ouvir os dois lados, referindo-se à ausência do representante do IPACTG na sessão. Relatou a visita que fez ao Instituto, onde se surpreendeu positivamente com o que encontrou lá. "Havia cerca de 60 crianças tendo aula de tradicionalismo fora do período escolar". O presidente também disse que aguarda a presença do representante do IPACTG para falar sobre o projeto. "Para que possamos votar sem fazer injustiça com ninguém".<br />O vereador Renan Schaurich falou da responsabilidade dos vereadores em aprofundar a análise do projeto. "Até para que essa Casa não venha chancelar uma iniciativa que possa prejudicar a cultura gaúcha. A partir da fala do presidente do MTG, a Comissão de Educação poderá estabelecer parâmetros e critérios para definir se é importante aprovarmos essa ação".<br />MANOELITO TAVARES<br />O presidente do IPACTG, Ivo Marques não estava presente na sessão, segundo ele, por ter outros compromissos, mas Manoelito Savaris, presidente do MTG usou a tribuna para falar sobre a matéria. <br />Manoelito se disse constrangido em tratar do assunto. Falou que Ivo Marques enviou correspondência à Câmara com ameaças a ele e ao vereador Renan. "Fica complicado se posicionar quando somos agredidos de forma grosseira", disse. Lembrou que a filiação ao MTG é voluntária, e que a entidade trabalha com base em pesquisas. "O MTG não é proprietário da cultura gaúcha", argumentando que o que incomoda os tradicionalistas e entidades de NH são divergências quanto às crenças culturais do IPACTG. "Da forma como ele faz as coisas, não é o que o MTG prega, até em função de seus 40 anos de existência". Manoelito lamentou a manifestação do presidente do IPACTG em um Rádio Liberdade FM, onde, segundo ele, Ivo Marques o ofendeu e também ao vereador Renan. "Ofensa, agressão, baixaria não fazem parte da forma do MTG tratar as pessoas".<br />MAIS INFORMAÇÕES<br />"Como não temos elementos para análise melhor, é importante que se busque mais informações. Toda a ação que beneficiar a cultura gaúcha sempre é bem vinda", avaliou Cleonir Bassani (PSDB). Já João Marcos (PTB) defendeu a rejeição do projeto, propondo uma alternativa. "A entidade poderia recorrer à Associação Tradicionalista de NH, que já é de utilidade pública, para buscar seus pleitos". <br />Para Ito Luciano (PMDB), só o fato de ser denunciada uma agressão a um vereador, publicamente, seria motivo para que votasse contra o projeto. ""Ele poderia ter tirado as dúvidas até com o vereador", alega, dizendo que é importante cópia da fita da entrevista à emissora de rádio para conhecimento do que foi falado. <br />Teo Reichert defendeu que também o MTG teria sido indelicado quando, além de responder à pergunta que foi feita via ofício, sobre a filiação ou não do IPACTG ao MTG, acrescentou que "a pessoa que dirige o IPACTG não conta com apoio da entidade ou da 30ª Região Tradicionalista". "Não podemos alimentar a briga do MTG e do IPACTG, aqui temos que ter a grandeza de separar as coisas", destacou.<br /> <br /> <br /> <br /><br /> <br /> <br /> <br /><br />