Aprovado repasse de R$ 110 mil para manifestação do setor coureiro-calçadista

por admin última modificação 16/10/2020 19h54
Segunda votação teve sete votos a seis

Depois de intensas discussões foi aprovado em segundo turno, na sessão desta terça-feira, 25, o projeto que destina auxilio financeiro e para transporte para a Marcha a Brasília do setor coureiro-calçadista. O projeto assinado pelo Executivo destina R$ 110 mil para pagamento do transporte de "expressivo contingente de pessoas" até a capital do país. <br />Votaram a favor do projeto os vereadores Paulo Kopschina, Ito Luciano e Volnei Campagnoni (PMDB); João Marcos e Renan Schaurich (PTB); Soli Silva (PDT); e Gerson Peteffi (PSDB). Os contrários foram o suplente Vítor Gatelli e Gilberto Koch (PT); Ralfe Cardoso (PSOL); Cleonir Bassani (PSDB); Ciro Rothen (PDT); e Lorena Mayer (PFL).<br />Entre a discussão do projeto, votação e justificativa de voto, todos os vereadores manifestaram-se. Nos argumentos contrários, se mantiveram as posições dos vereadores que apóiam manifestações, mas desaprovam o uso de dinheiro público. Os contrários avaliam que antes de dirigir-se a Brasília, seria preciso implantar programas de geração de emprego e renda no município e fazer pressão junto ao Estado para garantir incentivos para as empresas que estão saindo do Rio Grande do Sul. Já entre os argumentos favoráveis, está o de que Novo Hamburgo, que detém o título de Capital Nacional do Calçado, não poderia ficar de fora de movimento com tamanha relevância.<br />CONTRÁRIOS<br /> "R$ 110 mil para ir a Brasília sem uma pauta é muito dinheiro, não vi nesse projeto uma lista de reivindicações", argumentou Gilberto Koch. Já Vítor Gatelli, suplente que assumiu a vaga de Anita Lucas de Oliveira que está de licença, afirmou ser favorável ao movimento, "mas contra o uso do dinheiro público para bancar uma caravana na qual tenho dúvidas sobre o resultado prático". <br />"Se em Novo Hamburgo destinamos R$ 110 mil para um protesto contra a política do governo federal, devemos ter pelo menos dez vezes mais recursos para um programa de geração de trabalho e renda", avaliou Ralfe Cardoso, outro voto contrário ao projeto. Cleonir Bassani voltou a criticar o fato de não ter sido feito convite para que os vereadores pudessem discutir o movimento anteriormente. "Acredito que antes de dar o voto eu precisaria ser chamado a participar", O vereador disse ainda que cobrará resultados depois da manifestação feita.<br />A vereadora Lorena Mayer foi enfática: "Não é o dólar que está nos quebrando, mas sim a ida de empresas para outros estados. Não é batendo panela lá em Brasília que resolveremos o problema, primeiro temos que resolver as coisas aqui no Estado". O vereador Ciro Rothen concordou com a colega argumentando que primeiro deve ser feito movimento no Rio Grande do Sul.<br />O presidente Teo Reichert, embora sem direito a voto, também manifestou-se contrário à medida. (veja matéria nesta página)<br />FAVORÁVEIS<br />Pedindo aprovação do projeto, o líder do governo na Câmara, Paulo Kopschina, ressaltou comentário positivo ao movimento feito pelo senador petista Paulo Paim. Ele disse ainda que a pauta para o encontro está pronta, e completou; "a Casa será convidada a participar. A Marcha vai sair contra o desemprego que ocorre na região". Para Renan Schaurich, é inaceitável e inexplicável que Novo Hamburgo não integre essa comitiva, "por tudo que significou o setor coureiro/calçadista para o município". <br />"Se só em Novo Hamburgo, que é considerada capital do calçado, o projeto não for aprovado fica estranho, porque na região, onde tem sapato, as Câmaras vão aprovar", ressaltou Ito Luciano. Para João Marcos, "é preciso que o Vale do Sinos, que produz, se mostre para os governantes que têm procurado não olhar com interesse e cuidado que a região merece". Para Gerson Peteffi, é preferível "gastar R$ 110 mil num movimento ordeiro, do que invadir, quebrar. Voto favorável porque é ordeiro". Volnei Campagnoni argumentou que o que está sendo buscado no movimento é o reconhecimento. "Não podemos aceitar que o presidente Lula venha aqui no Estado e diga em nível nacional que o Rio Grande do Sul é um Estado pronto". Por fim, o vereador Soli Silva sugeriu ao presidente que seja criada comissão para ir também a Porto Alegre cobrar medidas do governador Rigotto para a situação que o Vale enfrenta. <br /> <br /> <br /> <br /> <br /><br />