07/04/2010 - Cidadãos relatam experiências
A primeira participante a ocupar a tribuna na
sessão especial sobre o lixo desta quarta-feira, 7, foi Marisol
Loeblein, moradora da Casa de Bombas da Vila Palmeira. Ela explicou que
aquele local é o ponto final para o descarte de lixo pelos carroceiros.
"São cacos de vidro, pneus e restos de computadores que eles recolhem
do Centro e não sabem onde colocar", alertou. "Por isso, acho que
deveria haver um espaço ali, um ponto de coleta."
Marisol
destacou a importância da educação dos carroceiros. "Eles poderiam
fazer a separação. Às vezes eles querem se livrar do lixo, mas não
sabem o que fazer. E poderia haver multiplicadores nas vilas.
Recentemente fiz um curso de reaproveitamento de alimentos não só
pensando mim, mas para poder ensinar aos outros."
Plácido
Crescente, coordenador do Grupo Pensando Novo Hamburgo, falou em
seguida, e colocou a entidade à disposição do poder público. Ele
acredita que é preciso elaborar um material informativo, como folderes,
e distribuir não apenas nas escolas, mas também nos comércios. "Todos
precisam entender que deverá ter horário para colocação do lixo nas
ruas. A tarefa é árdua, e tem que ser permanente."
Simão Pérsio
Fagundes, que trabalha como guarda municipal, lembrou que as televisões
mostram repetidamente o caos gerado pelo lixo depositado de forma
irregular, mas que a situação sempre se repete. "O problema é de todos,
não é só do governo, e não é só de Novo Hamburgo", apontou. "Me
preocupa saber que temos que pagar para transportar nosso lixo até
Minas do Leão, e que não temos coleta seletiva bem orgaizada, como
deveria ser. Também me preocupa ver que pessoas em geral, com algumas
exceções, não separam seu lixo, e que as pessoas entopem as bocas de
lobo ao varrer as calçadas." Segundo Fagundes, as secretarias
municipais devem agir de forma integrada.