07/04/2010 - Cidadãos relatam experiências

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 19h54
Hamburguenses sugerem soluções para problema do lixo

A primeira participante a ocupar a tribuna na sessão especial sobre o lixo desta quarta-feira, 7, foi Marisol Loeblein, moradora da Casa de Bombas da Vila Palmeira. Ela explicou que aquele local é o ponto final para o descarte de lixo pelos carroceiros. "São cacos de vidro, pneus e restos de computadores que eles recolhem do Centro e não sabem onde colocar", alertou. "Por isso, acho que deveria haver um espaço ali, um ponto de coleta."

Marisol destacou a importância da educação dos carroceiros. "Eles poderiam fazer a separação. Às vezes eles querem se livrar do lixo, mas não sabem o que fazer. E poderia haver multiplicadores nas vilas. Recentemente fiz um curso de reaproveitamento de alimentos não só pensando mim, mas para poder ensinar aos outros."

Plácido Crescente, coordenador do Grupo Pensando Novo Hamburgo, falou em seguida, e colocou a entidade à disposição do poder público. Ele acredita que é preciso elaborar um material informativo, como folderes, e distribuir não apenas nas escolas, mas também nos comércios. "Todos precisam entender que deverá ter horário para colocação do lixo nas ruas. A tarefa é árdua, e tem que ser permanente."

Simão Pérsio Fagundes, que trabalha como guarda municipal, lembrou que as televisões mostram repetidamente o caos gerado pelo lixo depositado de forma irregular, mas que a situação sempre se repete. "O problema é de todos, não é só do governo, e não é só de Novo Hamburgo", apontou. "Me preocupa saber que temos que pagar para transportar nosso lixo até Minas do Leão, e que não temos coleta seletiva bem orgaizada, como deveria ser. Também me preocupa ver que pessoas em geral, com algumas exceções, não separam seu lixo, e que as pessoas entopem as bocas de lobo ao varrer as calçadas." Segundo Fagundes, as secretarias municipais devem agir de forma integrada.