Legislativo homenageia mulheres
O Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, foi lembrado durante o expediente da sessão desta terça-feira, 7, na Câmara Municipal. A iniciativa foi da vereadora Anita Lucas de Oliveira. A comunidade feminina hamburguense foi representada por quatro mulheres: a presidente do Conselho Municipal de Entorpecentes e Conselho Municipal do Idoso, Rita Inês de Oliveira; a vice-presidente da Associação Comunitária Tia Nelci, Suzana Leão; a presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer, Carmem Gerhardt; e a presidente da Associação Comunitária Tia Nelci, Nelci do Nascimento.<br /><br />PELA CONTINUIDADE DA LUTA<br /><br />Primeira a falar, Anita Lucas de Oliveira (PT) lembrou da luta das mulheres no Brasil desde a conquista do direito ao voto. Lamentou a violência física e psicológica que as mulheres sofrem. "Não bastam somente medidas assistenciais e judiciais, mas deve existir respeito e igualdade entre homens e mulheres", disse. Segundo ela, é importante a continuidade da luta pelo atendimento integral à mulher. <br /><br />O vereador Paulo Kopschina (PMDB) relembrou a história das 130 operárias que morreram incendiadas em uma fábrica têxtil em Nova York, em 1857, quando lutavam pela redução da jornada de trabalho, de 16 para 10 horas. Lembrou também que em 1910 a data passou a ser comemorada como Dia Internacional da Mulher. "Desde então movimento pela emancipação da mulher ganhou forma em todo o mundo". Ele lembrou que ainda assim, o salário das mulheres é 30% menor que o dos homens nas mesmas condições de trabalho.<br /><br />SAPATEIRAS<br /><br />Gilberto Koch (PT) destacou as mulheres da classe calçadista. "São mais de 60% da categoria, ajudaram a construir essa cidade e hoje muitas estão desempregadas", lamenta. Betinho reclamou ainda da violência sofrida pelas mulheres: "a cada 15 minutos uma mulher é agredida no Brasil", informou. <br /><br />A vereadora Lorena Mayer (PFL) ressaltou o trabalho das mulheres voluntárias, com destaque para as integrantes da Liga Feminina de Combate ao Câncer. "Estas mulheres deixam suas famílias para doar-se a pessoas necessitadas", afirma.<br /><br />Para João Marcos (PTB) todos os dias devem ser dia da Mulher. "A mulher é insuperável", disse o vereador. Segundo Ralfe Cardoso (PSOL), as mulheres vivem ainda outra violência, a de tentar sobreviver com um salário mínimo. "Não há política para tratar das mulheres chefes de família com a atenção que merecem".<br /><br />Cleonir Bassani (PSDB) destacou a ascenção da mulher no cenário mundial. "Algumas boas novas estamos tendo, na política, a mulher está crescendo; o Chile escolheu uma presidente mulher. Na Europa, a primeira ministra da Alemanha tem mais de 80% dos alemães aprovando seu trabalho".<br /><br />MULHERES DA COMUNIDADE<br /><br />A presidente do Conselho Municipal de Entorpecentes e Conselho Municipal do Idoso, Rita Inês de Oliveira ressaltou o trabalho da delegada Rosane de Oliveira e da primeira dama Iris Foscarini no empenho em trazer para Novo Hamburgo a Delegacia da Mulher. Rita ainda solicitou ajuda aos vereadores para agilização da prática do Plano Preventivo ao Uso de Drogas, que está aliado ao projeto Família em Primeiro Lugar, mas que precisa da agilização do Executivo para ser posto em prática. <br /><br />A vice-presidente da Associação Comunitária Tia Nelci, Suzana Leão lamentou a necessidade de haver um Dia Internacional da Mulher. "Porque se vamos falar em igualdade, teremos dia internacional para todos os sexos. O mais importante é saber que a essência que existe dentro de cada corpo é exatamente a mesma. Somos todos da mesma fonte, o que nos diferencia são nossas experiências".<br /><br />A presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer, Carmen Gerhardt, aproveitou a oportunidade para divulgar panfletagem que a entidade deve fazer, com material explicativo sobre prevenção de câncer de mama. Fechando os depoimentos, a presidente da Associação Comunitária Tia Nelci, Nelci do Nascimento falou que acredita na mulher e em sua luta. "Nosso espaço está ficando bom, as dificuldades e desigualdades estão na nossa frente, mas mulher tem jogo de cintura e vai chegar ao espaço que nos é dela por direito. Somos iguais, ninguém é diferente perante Deus e perante a sociedade", finalizou.<br />