Câmara pressiona Executivo para abertura das UBS no feriado
A matéria publicada no Jornal NH desta quinta-feira, 23, informando que as UBS - Unidades Básicas de Saúde não funcionariam no feriado de Carnaval provocou intenso debate durante a sessão legislativa desta quinta. O assunto foi levantado pelo vereador Soli Silva (PDT) no início da sessão. Na matéria do Jornal NH, a diretora de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Cecília de Souza, diz que não foi possível conseguir a quantidade suficiente de profissionais para manter os postos abertos. Ela teria informado ao jornal que apenas dois clínicos gerais e um pediatra se disponibilizaram a trabalhar na segunda e terça-feira. <br />CONTRATO<br />O atendimento médico nos postos de saúde é feito através de convênio com empresa privada e esse foi mais um motivo de crítica entre os vereadores, pois prova que a empresa não está cumprindo com o contrato. "Tenho certeza que ainda há tempo para pensar em outra saída", sugeriu Soli. Para o presidente Teo Reichert, é preciso fazer valer o contrato que o município tem com a empresa que cede os médicos. Já a vereadora Lorena Mayer (PFL), destacou que para a saúde não existe feriado. "A culpa desta situação não é dos profissionais, é da empresa que presta o serviço e está sendo omissa", defendeu Gerson Peteffi (PSDB). "O benefício do feriadão não é para quem freqüenta UBS, estas pessoas não vão para praia ou serra", argumentou Ralfe Cardoso 9PSOL), solicitando que o líder do governo na Câmara, Paulo Kopschina, tenha uma resposta rápida a essa questão.<br />HOSPITAL<br />Cleonir Bassani (PSDB) ainda destacou que além das UBS fechadas, o município ainda tem que trabalhar a lotação do Hospital Municipal. "Precisamos resposta melhor do Executivo porque estamos colocando em risco a saúde das pessoas", disse. Anita Lucas de Oliveira (PT) ainda lembrou que não são somente médicos da empresa privada que atendem nos postos, mas há os concursados. Gilberto Koch (PT) ressaltou que a dificuldade em encontrar médicos já ocorre desde janeiro. Para Ito Luciano (PDT), se a empresa contratada não tem condições de atender, o contrato deve ser reavaliado. "A casa deve se unir pelo interesse da comunidade, porque no carnaval possui movimento diferenciado e os problemas podem ser ainda maiores. É impossível que sejam fechados os postos", alerta. "Tenho certeza que o prefeito vai rever essa situação, até porque a comunidade não pode pagar esse preço", disse Antônio Lucas (PDT). "A saúde merece respeito", completou João Marcos (PSDB). Renan Schaurich (PTB) sugeriu a implantação de reforço no atendimento do Hospital e do Pronto Atendimento (PA), além da abertura das UBSs maiores, como de Canudos e Santo Afonso. <br />PROVIDÊNCIAS<br />Ainda antes do início da Ordem do Dia, o presidente Teo Reichert determinou confecção de documento para encaminhamento com urgência ao governo municipal, com todos os pronunciamentos sobre o caso, anexados. <br />GARANTIA<br />Antes do documento ficar pronto, entretanto, o líder do governo na Câmara, Paulo Kopschina, informou que em conversa telefônica com a administração teve a informação que os postos estariam funcionando normalmente no feriado. "O Decreto do prefeito foi mal interpretado. Ali está especificado que o ponto facultativo não se aplica aos serviços essenciais e saúde é serviço essencial", explicou. <br />Lorena Mayer lembrou, entretanto, que os profissionais dos postos, segundo orientação da coordenação, já teriam compensado as horas de trabalho da segunda e terça-feira. "Estas pessoas que já compensaram não podem pagar pelo erro da administração", avalia. Segundo Bassani, a informação que teve na Secretaria da Saúde foi de que não haveria expediente nos postos. "Quando o assunto é saúde, se não tem médico é irresponsabilidade. Se a administração errou tem que assumir a culpa", completou Volnei Campagnoni (PMDB). Paulo Kopschina ratificou mais tarde a informação da abertura dos postos. "Tenho a palavra do prefeito do funcionamento dos postos", disse. "O prefeito disse ainda que as horas antecipadas pelos funcionários serão resolvidas internamente", conclui. <br /><br /><br />