06/05/2010 - Vila Palmares em debate na sessão comunitária
A
Associação dos Moradores da Vila Palmares convocou os principais
representantes da comunidade para apresentar aos vereadores as suas
principais reivindicações. A reunião aconteceu na Escola Municipal
Francisca Saille, no Bairro Roselândia, na última quarta-feira, 5, às
19h. A reunião foi conduzida por Jesus Maciel, presidente da Câmara
Municipal. Compareceram os vereadores Sergio Hanich, vice-presidente da
Câmara, Alex Rönnai e Volnei Campagnoni, integrantes da Mesa Diretora,
além de Vladi Lourenço, Carmen Ries e Gilberto Koch. A vice-prefeita
Lorena Mayer, licenciada do cargo, também participou da sessão
comunitária. Antonio Lucas justificou a sua ausência por escrito.
João
Forquim, presidente da Associação, relatou as dificuldades enfrentadas
na Vila Palmares. As principais são creche para os filhos das mães
trabalhadoras da Vila Palmares, praça para o lazer de crianças e
jovens; um campo de futebol, asfaltamento de um trecho de 75 metros na
Rua Erva Mate, que é aguardado há nove anos, e reforma da quadra de
esportes da Escola Municipal Francisca Saille. Forquim reclamou que há
mais de ano solicita à Prefeitura que faça a terraplenagem de terreno
localizado na esquina das Ruas Ewaldo Scheid com Hélio Helmuth Hermann.
A proposta da Associação de Moradores é, depois da terraplenagem,
colocar uma lona como cobertura e aproveitar o local para reuniões da
comunidade. Outra reivindicação é a implantação de ensino de 2º grau,
aproveitando as escolas ociosas à noite. Isso evitaria, segundo
Forquim, que dezenas de jovens se desloquem até a área central, à
noite.
Lorena Mayer anunciou o início da construção de uma
creche no Bairro Roselândia, ainda este ano. Serão 120 vagas em turno
integral ou 240 vagas para meio-turno. Informou que, através de
parcerias com o governo federal, a Prefeitura conseguiu verbas para a
construção de nove UBS’s e quatro creches em Novo Hamburgo. Sugeriu que
os moradores se unam e que participem das assembléias do Orçamento
Participativo, definindo as prioridades para o seu bairro.
Vários
moradores queixaram-se do intenso barulho produzido por um bar na Rua
Ewaldo Scheid. A música alta inicia no período da tarde e vai até a
madrugada. A vereadora Carmen Ries explicou que, nesses casos, as
pessoas devem chamar a Guarda Municipal para assegurar o cumprimento da
Lei do Silêncio.
Jesus Maciel, presidente da Câmara Municipal,
incentivou a participação popular e defendeu o entrosamento com as
associações de bairro. Comunicou aos presentes que solicitará melhores
condições para a subsecretaria da Roselândia, para que a comunidade
possa ser melhor atendida. Volnei Campagnoni apoiou a implantação do
ensino de 2º grau, afirmando que a Roselândia carece de uma liderança
mais forte. Alex Rönnau definiu o bairro como sendo "uma cidade à
parte", cuja população chega a cinco mil pessoas. Recomendou aos
moradores que apresentem suas reivindicações nas assembléias do
Orçamento Participativo.
Gilberto Koch lamentou que os bairros
não usem mais o recurso das sessões comunitárias. Ele confirmou a
construção de mais uma creche que beneficiará a Vila Palmares, a Morada
da Colina e a Roselândia. Também anunciou a construção de um viaduto na
Roselândia e a duplicação da BR-116, no trecho de Estância Velha até
Dois Irmãos, o que reduzirá os acidentes na região.
Sergio
Hanich, vice-presidente da Câmara, é contra o Orçamento Participativo
da forma como funciona. Na sua opinião, a comunidade não precisa pedir
nada porque conta com vários representantes, enumerando-os: "são os
presidentes de associações, o prefeito, os secretários municipais, os
funcionários públicos, os vereadores e seus assessores". Todos esses,
explicou, devem atender bem o povo porque essa é a função principal que
desempenham. Alertou o público presente sobre a importância do voto,
lembrou que é preciso cobrar ações de cada um e concluiu: "O prefeito
tem que rodar, tem que circular nas ruas. Se botou lá e não presta,
tira. Eu não tenho poder, mas tenho responsabilidade com o meu
mandato." Disse, finalmente, que os moradores devem utilizar os
serviços da subsecretaria da Roselândia e lamentou a extinção do 0800,
que permitia reclamações por telefone.
Todos os vereadores
presentes incentivaram a união da comunidade, afirmando que este é o
caminho para conquistar as melhorias almejadas. Com exceção de Sergio
Hanich, o Orçamento Participativo foi apontado pelos vereadores como a
melhor alternativa para solucionar problemas nos bairros.
06/05/2010