06/05/2010 - Vila Palmares em debate na sessão comunitária

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 19h54
Legislativo promove primeira sessão comunitária do ano

A Associação dos Moradores da Vila Palmares convocou os principais representantes da comunidade para apresentar aos vereadores as suas principais reivindicações. A reunião aconteceu na Escola Municipal Francisca Saille, no Bairro Roselândia, na última quarta-feira, 5, às 19h. A reunião foi conduzida por Jesus Maciel, presidente da Câmara Municipal. Compareceram os vereadores Sergio Hanich, vice-presidente da Câmara, Alex Rönnai e Volnei Campagnoni, integrantes da Mesa Diretora, além de Vladi Lourenço, Carmen Ries e Gilberto Koch. A vice-prefeita Lorena Mayer, licenciada do cargo, também participou da sessão comunitária. Antonio Lucas justificou a sua ausência por escrito.

João Forquim, presidente da Associação, relatou as dificuldades enfrentadas na Vila Palmares. As principais são creche para os filhos das mães trabalhadoras da Vila Palmares, praça para o lazer de crianças e jovens; um campo de futebol, asfaltamento de um trecho de 75 metros na Rua Erva Mate, que é aguardado há nove anos, e reforma da quadra de esportes da Escola Municipal Francisca Saille. Forquim reclamou que há mais de ano solicita à Prefeitura que faça a terraplenagem de terreno localizado na esquina das Ruas Ewaldo Scheid com Hélio Helmuth Hermann. A proposta da Associação de Moradores é, depois da terraplenagem, colocar uma lona como cobertura e aproveitar o local para reuniões da comunidade. Outra reivindicação é a implantação de ensino de 2º grau, aproveitando as escolas ociosas à noite. Isso evitaria, segundo Forquim, que dezenas de jovens se desloquem até a área central, à noite.

Lorena Mayer anunciou o início da construção de uma creche no Bairro Roselândia, ainda este ano. Serão 120 vagas em turno integral ou 240 vagas para meio-turno. Informou que, através de parcerias com o governo federal, a Prefeitura conseguiu verbas para a construção de nove UBS’s e quatro creches em Novo Hamburgo. Sugeriu que os moradores se unam e que participem das assembléias do Orçamento Participativo, definindo as prioridades para o seu bairro.

Vários moradores queixaram-se do intenso barulho produzido por um bar na Rua Ewaldo Scheid. A música alta inicia no período da tarde e vai até a madrugada. A vereadora Carmen Ries explicou que, nesses casos, as pessoas devem chamar a Guarda Municipal para assegurar o cumprimento da Lei do Silêncio.

Jesus Maciel, presidente da Câmara Municipal, incentivou a participação popular e defendeu o entrosamento com as associações de bairro. Comunicou aos presentes que solicitará melhores condições para a subsecretaria da Roselândia, para que a comunidade possa ser melhor atendida. Volnei Campagnoni apoiou a implantação do ensino de 2º grau, afirmando que a Roselândia carece de uma liderança mais forte. Alex Rönnau definiu o bairro como sendo "uma cidade à parte", cuja população chega a cinco mil pessoas. Recomendou aos moradores que apresentem suas reivindicações nas assembléias do Orçamento Participativo.

Gilberto Koch lamentou que os bairros não usem mais o recurso das sessões comunitárias. Ele confirmou a construção de mais uma creche que beneficiará a Vila Palmares, a Morada da Colina e a Roselândia. Também anunciou a construção de um viaduto na Roselândia e a duplicação da BR-116, no trecho de Estância Velha até Dois Irmãos, o que reduzirá os acidentes na região.

Sergio Hanich, vice-presidente da Câmara, é contra o Orçamento Participativo da forma como funciona. Na sua opinião, a comunidade não precisa pedir nada porque conta com vários representantes, enumerando-os: "são os presidentes de associações, o prefeito, os secretários municipais, os funcionários públicos, os vereadores e seus assessores". Todos esses, explicou, devem atender bem o povo porque essa é a função principal que desempenham. Alertou o público presente sobre a importância do voto, lembrou que é preciso cobrar ações de cada um e concluiu: "O prefeito tem que rodar, tem que circular nas ruas. Se botou lá e não presta, tira. Eu não tenho poder, mas tenho responsabilidade com o meu mandato." Disse, finalmente, que os moradores devem utilizar os serviços da subsecretaria da Roselândia e lamentou a extinção do 0800, que permitia reclamações por telefone.

Todos os vereadores presentes incentivaram a união da comunidade, afirmando que este é o caminho para conquistar as melhorias almejadas. Com exceção de Sergio Hanich, o Orçamento Participativo foi apontado pelos vereadores como a melhor alternativa para solucionar problemas nos bairros.

06/05/2010