06/04/2010 - Secretário Farias faz relato sobre segurança pública

por mairakiefer — última modificação 16/10/2020 19h54
Vereadores cobram melhorias a titular da pasta

O secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Coronel Luiz Fernando Farias, falou sobre o trabalho da guarda municipal e respondeu a diversos questionamentos feitos pelos vereadores na sessão desta terça-feira, 6.

Farias destacou a importância do trabalho do poder público municipal na área da segurança. Segundo ele, desde ações simples – mas essenciais – como poda de árvores e melhorias na iluminação das ruas até a integração entre os órgãos envolvidos passam pela gestão municipal.

O secretário falou ainda sobre o projeto Guarda nas Escolas, implantado em 2009. A presença desses profissionais nos estabelecimentos de ensino, frisou, ajuda a prevenir roubos, assaltos e danos aos prédios. "Eles atuam também na educação para o trânsito." Além disso, guardas se fazem presentes nas praças. Em breve, será lançada mais uma campanha de educação no trânsito, voltado principalmente para pedestres.

"Novo Hamburgo também conta com o Pronasci", apontou Farias, lembrando que são apenas cerca de 20 cidades gaúchas que adediram a este programa. "Por meio dele, ocorrem ações de inclusão social e inserção no mercado de trabalho." Entre os projetos há o Mulheres da Paz, que tem como objetivo qualificar cidadãs para atuar como mediadoras de conflitos, e o Justiça Comunitárias, pelo qual advogados, psicólogos e assistentes sociais prestarão assessoria jurídica à comunidade.

A recente conquista dos guardas municipais, que terão o risco de vida incorporado na aposentadoria, também foi tema de sua fala. "Antes o guarda deveria procurar trabalho ao se aposentar. Hoje, tem a tranquilidade se aposentar para descansar."

Antonio Lucas (PDT) pediu para que o secretário esclareça aos guardas municipais que a conquista do risco de vida é um trabalho de muitos anos dos vereadores.

Questionamentos
Raul Cassel (PMDB) fez várias perguntas ao Coronel Farias. O vereador quis saber se há problemas com as câmaras de segurança. "Vi muitos governos anunciarem isso como uma importante arma na defesa dos cidadãos. Nas duas vezes que foi ver, as câmeras estavam desligadas", disse.

"E como a secretaria municipal viu as ações do Fórum Social Mundial, como a marcha de apologia à maconha?", perguntou. Cassel pediu informações sobre a liberação de verbas para Corpo de Bombeiros e sobre como está estruturada a Defesa Civil na cidade. Ele – assim como Ito Luciano, do mesmo partido – quis saber sobre o prédio da prefeitura no bairro Santo Afonso, que foi requisitado pela Brigada Militar.

Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) perguntou sobre o apoio dado ao guarda municipal que acabou baleando um criminoso. Ito disse acreditar ser necessária uma legislação que responsabilizasse o usuário de droga. "O traficante leva poucas pedras e diz que é usuário", frisou.

Ricardo Ritter – Ica (PDT) perguntou sobre a colocação de tachões em alguns pontos da cidade, e também sobre a instalação de uma câmera de segurança entre as ruas Canoinhas e Engenheiro Jorge Schury.

Respostas
Farias afirmou que não há a possibilidade de as câmeras de segurança estarem desligadas. "Mas trabalhamos com seres humanos. Pode acontecer da pessoa responsável pelo monitoramento não esta operando no momento", disse.

O secretário lembrou que as primeiras 13 entraram em funcionamento em 2001, por meio de um projeto pioneiro no Estado. "Hoje, as mesmas câmeras ainda continuam operando. Óbvio que, ao longo dos anos, mais foram colocadas", salientou. "Atualmente, são 25, sendo que quatro estão em manutenção." Até a metade do ano, completou, outras 12 devem ser instaladas.

Sobre a Defesa Civil, o secretário afirmou que agora um guarda municipal é o coordenador. "Em todos os eventos em que sua atuação faz necessária, este grupo é mobilizado. E atua sempre com dedicação e eficiência."

Já sobre o prédio polêmico do bairro Santo Afonso, esclareceu que o local havia sido cedido pela prefeitura à brigada Militar para ser usado como sede de uma companhia. "Nos últimos tempos, não era utilizado para esse fim, mas como alojamento para dois policiais. Enquanto isso, o prédio que sediava lar dos meninos estava prestes a ruir. Foi pedido então que a Brigada cedesse prédio
para a Prefeitura alojar meninos enquanto fosse feita reforma. Os dois policiais foram transferidos para outro bairro", contou. Após a saída dos meninos, ocorreu a depredação e começaram debates. "Foi encaminhado oficio ao comandando da Brigada, propondo a criação de um posto integrado de polícia comunitária. A guarda municipal cuidaria do patrimonio, liberando a Brigada para rondas."

Farias afirmou que no Fórum Social Mundial atuaram segurança pública e privada. "Cada um no seu espaço de atividades", disse. "Nada do patrimônio foi perdido." Ele ainda frisou que pedidos de providências relacionados à melhorias ao trânsito são sempre bem-vindos, assim como ações de combate às drogas. "No caso da defesa do guarda, oferecemos todo o apoio necessário desde que aconteceu o fato."

04/06/2010