Sem previsão para criação da Delegacia da Mulher
Desde o afastamento da delegada Rosane Oliveira de Oliveira como titular da 2ª DP e como responsável pelo Posto da Mulher, todas as ocorrências envolvendo agressões contra a mulher estão sendo atendidas nos distritos policiais correspondentes. A informação foi prestada pela delegada, que manifestou-se da Tribuna Popular a convite da vereadora Lorena Mayer (PFL). Segundo ela, seu afastamento se deve a questões administrativas, uma vez que estava sobrecarregada pela demanda de trabalho. Além da titularidade da 2ª DP, como explicou, também estava cuidando de todas as ocorrências do Posto da Mulher e das que envolviam abusos sexuais contra crianças e adolescentes. Agora ela atua nos plantões da Delegacia.
RETORNO
Os vereadores assinaram requerimento, aprovado na sessão desta terça-feira, que solicita ao governo do Estado e ao secretário da Justiça e da Segurança, José Otávio Germano, o retorno de Rosane como titular da 2ª DP e como responsável pelo Posto da Mulher. O documento ressalta o excelente trabalho desenvolvido pela Delegada em Novo Hamburgo e a situação de medo e insegurança reinante no Município. Durante quatro anos Rosane demonstrou grande capacidade e força no seu trabalho, como cita o requerimento. Vários vereadores manifestaram-se, verbalmente, em favor de Rosane.
CASA-ABRIGO
A vereadora Lorena Mayer, a quem coube a iniciativa do requerimento, anunciou que a Câmara deverá propor à Prefeitura que a verba excedente do Legislativo seja aplicada na construção de uma casa-abrigo para mulheres vítimas de violência.
Rosane Oliveira de Oliveira agradeceu a manifestação de apoio dos vereadores. Disse que a violência contra a mulher não é uma questão isolada ou um caso somente a ser atendido pela Polícia, mas que é antes de qualquer coisa uma questão familiar. A violência doméstica é sintoma de uma família doente, onde todos os seus componentes são afetados. É necessário, defendeu Rosane, que a estrutura familiar seja atendida, pois os filhos tendem a repetir o comportamento do familiar mais forte, que neste caso é o agressor, repetindo um ciclo de violência e de doença social. Como exemplo, citou uma ocorrência recentemente registrada em NH, onde um avô abusava sexualmente dos netos, sendo que um deles, com 16 anos, era vítima desde os quatro anos de idade. Nunca é demais, concluiu, pedir a adesão dos vereadores a esta causa.