Bassani cobra mudança na política do governo após debate com exportadores na Assembléia Legilativa
O presidente da Câmara hamburguense, Cleonir Bassani, participou, nesta quinta-feira, 6, pela manhã, de um encontro que reuniu na Assembléia Legislativa, deputados, exportadores e entidades representativas do Estado. O evento foi promovido pela Comissão de Participação Legislativa Popular - presidida pelo deputado João Fischer, Fixinha.
Na oportunidade os representantes do setor exportador gaúcho expressaram indignação e inconformidade com a edição de protocolo em que estados e Distrito Federal, liderados pelos governadores do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Pará, decidiram suspender a autorização de novas transferências de créditos de ICMS acumulados em decorrência da desoneração das exportações. Os exportadores também criticaram o governo federal pelo descumprimento da Lei Kandir.
Bassani usou a tribuna, à tarde, durante a sessão, para falar sobre o encontro. "A distância entre a iniciativa privada e área pública é muito grande. Enquanto a privada busca adequação à competitividade, a pública acaba indo na direção oposta, por isso ouvimos que ‘se o governo não atrapalhar, já é uma grande coisa’", revela. Bassani disse ainda que "Muito mais do que a competência chinesa temos a incompetência pública do nosso país". Ele destacou ainda a medida do governo de São Paulo, que assinou o protocolo, mas protegeu os empresários através de um decreto isentando as empresas exportadoras de recolhimento do ICMS.
PSDB FORA DO GOVERNO
Bassani ainda conclamou os partidários tucanos a abandonarem o governo do Estado, caso não haja sensibilidade em modificar a situação. "Acho que está na hora do PSDB cobrar esta atitude, ou deixar o governo. Isso que estamos vendo é uma agressão à política social democrática", comenta.
O presidente do Legislativo hamburguense deverá encaminhar seu pronunciamento para prefeitos, vereadores, deputados, lideranças do partido em todo o Estado e à presidente do Partido Yeda Crusius. "É preciso que haja um posicionamento político, tendo em vista que os tucanos de São Paulo e Minas Gerais estão baixando os impostos, e o Rio Grande do Sul, ao contrário não apoia quem emprega e arrecada", completa.