Vereadores discutem o desarmamento no país
O pedetista Teo Reichert definiu a tentativa de desarmamento da população como uma vergonha. Lembrou que foram as pessoas com mais de 50 anos de idade e aqueles que precisavam de algum dinheiro que entregaram as armas às autoridades. Os bandidos não o fizeram. Disse que a proposta de desarmamento é um engodo e que só compra arma quem tem ficha limpa e pode registrá-la. Porque a polícia não combate diretamente o contrabando de armas?, perguntou, reafirmando que o cidadão ficará desprotegido.
A vereadora Lorena Mayer, que é contra o desarmamento, criticou o custo de cinco milhões com a realização do plebiscito. "Se fizessem em 2006, junto com a eleição, não haveria necessidade deste gasto." Teo Reichert também citou o fato de não haver pesquisa sobre armas registradas no país, mas somente de armas ilegais e concluiu: "se mata mais no trânsito do que com armas de fogo".
O presidente Cleonir Bassani alertou para a interpretação errônea sobre a idéia de que o desarmamento reduzirá a criminalidade. Disse que há uma mescla de assuntos, criando confusão sobre o tema. Lembrou que a lei de 1997 já estabelece como crime a posse de arma sem a devida autorização. Na sua avaliação, deveria haver um controle maior sobre a fabricação e o porte de arma. Gilberto Koch (PT) e Ito Luciano (PMDB) também posicionaram-se contra o desarmamento, defendendo o direito do cidadão de bem defender-se. Jorge Luz, suplente pelo PMDB, contestou dados do Estatuto do Desarmamento e criticou severamente o fato de deputados e senadores terem mantido o privilégio de usar armas. Antes de desarmar a população, explicou, o governo deveria dar melhores condições de vida e salários dignos aos cidadãos e equipar com material e funcionários as polícias dos Estados.