Secretária de Meio Ambiente se manifesta na Tribuna Popular

por admin última modificação 16/10/2020 19h54
26/09/2005 -Técnico afirma que pode haver desabamento no aterro sanitário

A secretária de Meio Ambiente, Margô Guadalupe Antônio, usou a tribuna nesta quinta-feira, 22, para esclarecer dúvidas a respeito do aterro sanitário municipal. Ela iniciou o pronunciamento lamentando a ausência do ex-secretário de Meio Ambiente, Jackson Muller, também convidado para participar do debate. A secretária veio acompanhada do professor Tales Augusto de Araújo, da Fatec, de Santa Maria, responsável pelo parecer sobre o aterro. Segundo ela, o aterro não possui licença ambiental para operar no aterro desde julho. "O que estamos vivendo hoje é conseqüência de algo não feito pela administração anterior. Existem falhas e devem ser resolvidas", argumentou.

O professor Tales Augusto de Araújo disse que na ocasião em que foi convidado a elaborar um parecer sobre o aterro avaliou a situação como muito grave. "Apoiamos então, de imediato, a decisão da prefeitura em paralisar as atividades naquele local", conta. Segundo ele, tanto a estabilidade, quanto a vida útil do aterro foram analisadas no parecer. Por outro lado, afirma que ainda é possível a utilização do aterro, desde que elaborados estudos ambientais e projeto de engenharia.

DESABAMENTO

O vereador Gilberto Koch questionou se há possibilidade de desabamento no local, uma vez que há precoupação dos moradores do bairro Roselândia. "Existe possibilidade de escorregamento, mas a área é muito ampla, por isso não há capacidade de colocar em risco vidas humanas", afirmou Tales. Todo escorregamento, como chamou, é, segundo ele, um dano para a estrutura do aterro. E um dano ambiental e financeiro.

O lixo hospitalar e industrial também foram tema do debate. Em resposta à vereadora Anita Lucas de Oliveira, a secretária Margô explicou que o lixo hospitalar é recolhido separadamente, descontaminado em São Leopoldo, de retorna para o aterro sanitário. Já o lixo industrial, segundo ela, é de responsabilidade do gerador. A fiscalização, segundo ela, é feita pela Secretaria do Meio Ambiente.

A secretária também explicou que o lixo inorgânico é triado pela cooperativa de catadores e o material reciclável vendido. "Depois desse processo lixo passa por baias de compostagem e vira adubo. O que resta disso é levado para Minas do Leão. Processo de triagem e compostagem nunca parou", afirma.