Reunião no Bairro São José expõe a falta de segurança da comunidade

O elemento conhecido como "cabeça de porco", cumprindo pena em regime semi-aberto, está apavorando os moradores do Bairro Kephas. Ele rouba e ameaça as famílias de retornar para roubar e matar, caso alguém o denuncie. Revoltado com esse descalabro, o vereador suplente Jorge Luz anunciou que a trajetória desse "marginal" poderá ser interrompida mediante ação policial. Solicitou à comunidade que denuncie qualquer irregularidade e que não fique quieta. A denúncia sobre as atividades do "cabeça de porco" foram feitas numa reunião sobre segurança pública, realizada na Associação do Kephas 2, da qual participaram vários vereadores. Jorge Luz enfatizou a necessidade da denúncia, lembrando que o roubo dá respaldo ao tráfico de drogas que, por sua vez, leva ao homicídio, ao estupro e a todos os crimes daí decorrentes.

DROGAS E DESARMAMENTO

Ele opinou contra a liberação das drogas, afirmando que se o país não trata o doente trabalhador, que dirá o drogado. Disse, ainda, que o problema da liberação das drogas é que os agentes causadores da maioria dos delitos, normalmente, estão sobre a ação do tóxico. Jorge Luz recomendou a população que fique atenta a esse debate e também à campanha de desarmamento.

O vereador João Marcos também protestou, mais uma vez, contra a campanha de desarmamento. Informou que na Austrália, há 10 anos, a "população honesta" foi desarmada e o índice de delitos aumentou 342%. O vereador Antônio Lucas também manifestou-se contrário ao desarmamento. Criticou o secretário estadual de Segurança Pública, José Otávio Germano, pela sua política de segurança, que definiu como ineficiente, e também pelo fato de não conseguir marcar uma audiência com o mesmo para tratar de assuntos referentes à criminalidade no Vale do Sinos. Gilberto Koch também criticou o secretário e o governador Germano Rigotto.

Antônio Lucas, que participou da reunião no Kephas, informou que a situação no Bairro é de calamidade, citando o Mercado Lopes que já sofreu 33 assaltos.

DOAÇÃO

A diretora da Escola Eugênio Nelson Ritzel, presente ao encontro, relatou que foram roubados oito CPUs da escola, inviabilizando todas as atividades. Élbio Alfredo Acosta e Márcio Luis Schmidt, da empresa Via Internathional Assessoria Importação e Exportação de Calçados Ltda., que participavam da reunião, doaram oito CPUs, oito teclados, 16 monitores, oito pastas suspensas, oito monitores LG e uma geladeira duplex para uso da escola. Sensibilizado com o gesto dos empresários, Antônio Lucas apresentou voto de congratulações em nome da Câmara Municipal, aprovado na sessão desta quinta-feira.