Verba para Samu aprovada em primeira votação

por admin última modificação 16/10/2020 19h54
29/08/2005 -Defesa do projeto foi feita pelo secretário de Saúde e diretor Administrativo

Foi aprovado em primeira votação, na última quinta-feira, o substitutivo do projeto que destina recursos ao Programa Salvar. No novo projeto, o Executivo propõe a relocação do recurso nas rubricas. O valor total da suplementação proposta pelo Executivo é de R$ 565.020,00. A votação foi acompanhada pelo secretário da Saúde João Carlos Rath, e pelo diretor administrativo, Juarez Cardoso Galhego. Os dois devem voltar ao plenário na segunda votação do projeto, a convite do presidente do Legislativo, Cleonir Bassani.

Durante a suspensão da sessão, proposta por Bassani para esclarecimentos, Carlos Rath defendeu a aprovação do projeto. Ele lembrou que a assinatura do termo de adesão ao programa foi feita pelo então prefeito interino Cleonir Bassani e posteriormente a ratificada pelo atual prefeito Jair Foscarini. Antes de encerrar seu pronunciamento, apresentou relatório com os atendimentos prestados pelo Projeto Samu, de 1º a 22 de agosto.

Já Juarez Cardoso Galhego falou da estrutura e forma de atendimento do Samu. Galhego esclareceu ainda que os profissionais que foram dispensados do Samu "saíram porque não são capacitados para trabalhar no Programa". A demissão de profissionais do Samu foi tema levantado ainda durante a votação do projeto original.

DÚVIDAS

Entre as principais questões dos vereadores, estava a participação dos municípios hoje atendidos pelo Samu, nos recursos para o Programa. Galhego esclareceu que o montante encaminhado pelos governos federal e estadual incluem este atendimento. "Se fosse só Novo Hamburgo, o valor seria menor", explicou, respondendo ao vereador Teo Reichert. "Não recebemos mais pela regionalização, estamos pagando a conta, e o déficit do hospital cada vez maior, então, ou se renova regionalização ou vai ser difícil de suportar", avalia Bassani. Galhego afirmou ao presidente que já estão ocorrendo contatos com o secretário Estadual da Saúde, Osmar Terra e com o governador Germano Rigotto, apresentando este argumento. O vereador Gerson Peteffi ratificou a necessidade de uma posição de cobrança junto ao governo Estadual e à União para evitar o acúmulo de déficit.

Lorena Mayer questionou de quem é a responsabilidade de contratação. Galhego alegou que é do município, mas através de convênio. Ito Luciano e João Marcos parabenizaram secretário e o diretor administrativo pelo projeto. "Esse recurso vem para cobrir o que já acontecia, que era o atendimento a pacientes de cidades vizinhas. Melhor agora porque antes pagávamos a conta sozinhos", argumenta Ito.

O QUE DIZ O RELATÓRIO DA SAMU

Segundo o relatório, dos 16.787 chamados realizados, 11.377, ou 67,77% foram trotes; também foram registrados 4.624 (27,55%) pedidos de informação. Conforme o relatório, 555 chamados foram resolvidos na base. Das 786 chamadas restantes, foram registrados 64 traumas decorrentes de acidentes de trânsito; 53 atendimentos clínicos de urgência diversos; 34 quedas; 26 complicações respiratórias graves; 18 crises convulsivas; 12 urgências obstétricas; 8 intoxicações; 8 atendimentos psiquiátricos; 6 saídas não localizadas por endereço inexistente e dois óbitos de patologia clínica. Assinam o documento João Carlos Rath, secretário de Saúde; Maria Cecília de Souza, diretora de Saúde; e Juarez Cardoso Galhego, diretor Administrativo.

A CRÍTICA AO INFORMATIVO

Mesmo com os elogios feitos ao projeto, o vereador Renan Schaurich fez duras críticas ao informativo que circulou entre os presentes e que falava sobre o Samu. "É lamentável que um programa tão bonito seja divulgado através de um panfleto que estabelece uma crítica com objetivo eleitoreiro", disse, referindo-se ao item que fala sobre estrutura encontrada pela atual administração. O vereador Ito Luciano discordou: "se eles assumiram com estas condições, divulgaram", argumentou.