Terminal Rodoviário do Bairro Rio Branco entra em discussão

por admin última modificação 16/10/2020 19h54
23/08/2005 -Comur e Sindicato dos Comerciários apresentam argumentos diferentes

Abrelino Rodrigues, diretor-presidente da Comur, utilizou a Tribuna Popular, a convite do presidente Cleonir Bassani, para defender a desativação do terminal rodoviário do Bairro Rio Branco. Discorreu sobre a abrangência das atividades da Comur e propôs a mudança total no itinerário dos ônibus, o estabelecimento de uma tarifa única e que todas as linhas urbanas passem a finalizar o seu trajeto na rodoviária nova. Abrelino espera que o assunto seja discutido no Executivo e no Legislativo. Definiu o terminal Rio Branco, em funcionamento há 53 anos, como obsoleto. Sugeriu que os seus funcionários sejam transferidos para a nova rodoviária. Disse, ainda, que é natural que os proprietários localizados ao redor do terminal tenham restrições às mudanças propostas por ele, mas afirmou que a maioria do comércio está consolidada e não seria prejudicada.

OPINIÃO CONTRÁRIA

Vitor Gatelli, presidente do Sindicato dos Comerciários, revelou que após a divulgação do projeto de Abrelino Rodrigues, recebeu dezenas de manifestações contrárias. Lembrou que há seis ou sete anos o terminal do Rio Branco foi desativado por cerca de sete meses e que só isto foi o suficiente para o fechamento de várias lojas pequenas.

Gatelli destacou que NH se consolida como um centro comercial e de serviços e que não é possível concordar com a desativação do terminal. Só de lojas que vendem produtos a R$1,99 são oito. Cerca de três mil pessoas ali desembarcam diariamente, número que chega a seis mil aos sábados. 160 estabelecimentos comerciais estão localizados no entorno da antiga rodoviária, empregando cerca de mil pessoas. A sua desativação significará a redução da metade desses empregos.

Sobre o Novo Shopping, Gatelli informou que 60% da sua freqüência vem de fora de NH, chegando de ônibus ou de carro. A desativação do terminal também causará impacto no Shopping, pois o número de lojas é de 150 e o movimento é de duas mil pessoas. Citou, ainda, as pessoas que se deslocam dos municípios vizinhos para trabalhar em NH.

SEGURANÇA

Com relação à prostituição e aos pequenos furtos que se registram nas redondezas, Gatelli propôs uma iniciativa corajosa das autoridades sobre o problema, buscando a eliminação dessa situação.

BUSCA DE ALTERNATIVAS

Os vereadores participaram do debate e apresentaram as suas opiniões. Ito Luciano, Paulo Kopschina e Gilberto Koch foram unânimes em ressaltar os investimentos realizados na nova rodoviária e que precisam ser valorizados para que a obra não se perca. Kopschina disse que é necessário revitalizar o local, mas que não é possível virar as costas ao terminal do Bairro Rio Branco. Como sugestão, propôs um esforço concentrado para definir uma solução, mediante consulta a todos os envolvidos. O peemedebista foi enfático ao afirmar que o ponto de chegada e de partida tem que ser na nova rodoviária. Ito Luciano afirmou que todas as empresas que passam pelo terminal Rio Branco devem ser obrigadas a passar pela rodoviária nova. Disse que falta pulso aos responsáveis que, no seu entender, devem obrigar todas as empresas a incluir a rodoviária nova no seu trajeto. Gatelli acredita que é possível definir outras vias de acesso para embarque e desembarque, mantendo o destino final na rodoviária nova.