Motorista demitido da Samu manifesta-se na Câmara
Integrante do grupo de seis pessoas que foram demitidas do projeto Salvar, o motorista Luciano Pereira usou a tribuna na tarde desta quinta-feira, 18, para protestar contra as demissões. Segundo ele, currículos dos profissionais contratados foram analisados pela Secretaria Municipal de Saúde e Associação Hospitalar. O contrato foi feito por 30 dias, a partir de 1º de agosto. "Na terça-feira, dia nove, fomos demitidos", revela. Ele conta que o grupo era formado por dois motoristas, três técnicas de enfermagem e uma enfermeira. "Na imprensa o diretor administrativo da Samu, Juarez Galhego, o mesmo que nos demitiu, disse que, na pressa, equívocos foram cometidos, como contratação de pessoas não qualificadas para o perfil exigido", relata. Indignado, Luciano afirmou que os currículos foram entregues há mais de seis meses na Secretaria de Saúde para análise, o que não justificaria a pressa citada por Juarez. "Somos profissionais, e temos família, e quando fomos chamados, abrimos mão dos empregos que tínhamos. Equívocos desta natureza custam muito caros, pois agora estamos desempregados", desabafa.
Ele ainda questiona: "como se pode avaliar um profissional que foi contratado e nem chegou a desempenhar a função, pois foi demitido por causa do seu porte físico?", reclama, criticando a demissão de quem desistiu de outro emprego para assumir o Salvar e a permanência de profissionais com vários empregos em empresas privadas.
Luciano pede aos vereadores que procedam uma análise profunda ao projeto, antes de aprovarem a matéria. "Este projeto é muito importante para a comunidade e do modo que está, já apresentando problemas, como danos patrimoniais e despesas extras para o município, talvez seja melhor completar o quadro com servidores públicos, já que as ambulâncias são veículos oficiais, cedidos pelo Estado, do que contratar funcionários terceirizados", finaliza.
PROJETO AGUARDA SEGUNDA VOTAÇÃO
Ainda está no prazo de vistas pedido pelo presidente Cleonir Bassani, o projeto de lei que destina recursos para o Projeto Salvar. Ainda esta semana, o Executivo encaminhou um substitutivo ao projeto original. Após a manifestação de Luciano, Bassani lembrou que o projeto deve estar na ordem do dia da próxima terça-feira, e fez um convite para que a equipe da Secretaria da Saúde, que esteve presente nesta sessão, estivesse também na próxima, para prestar esclarecimentos sobre o projeto antes da votação.