04/08/2011 - AES Sul explica obras da linha de transmissão da nova subestação de energia

por danielesouza — última modificação 16/10/2020 19h54
Convite foi feito pelo vereador Raul Cassel

Os impactos da implantação da subestação de energia Novo Hamburgo 2, com potência de 75 MVA, e da sua linha de transmissão de 138 mil volts foram presentados na sessão desta terça-feira, 4, pelo coordenador de transmissão da AES Sul Sérgio Machado. O convite foi feito por Raul Cassel (PMDB). O vereador explicou que há uma certa ansiedade na comunidade de Novo Hamburgo com relação às obras de implantação da rede de alta tensão. "Comerciantes e empresários que trabalham nas imediações estão preocupados."

Machado destacou que, a partir da definição do ponto da nova subestação (nesse caso, no bairro Rondônia), é estudado o melhor traçado para linha de transmissão, com menor custo e menos impactos. O projeto que está sendo executado prevê postes de concreto de ao menos 30 metros de altura e seguirá as vias Vereador Adão Rodrigues, Sete de Setembro, Pedro Adams e Guia Lopes, ligando a subestação Scharlau à Novo Hamburgo 2. "Tudo teve que ser submetido ao Plano Diretor do Município."

Sobre as obras, o coordenador apontou que realmente há alguns impactos. "Faltam apenas dois postes para implantar. Até o final do mês devemos lançar os cabos e energizá-los. As condições climáticas, contudo, podem prejudicar." Melhorias na Sete de Setembro foram uma condição para a realização das obras.

Questionamentos
Jesus Maciel (PTB) perguntou sobre o risco que a rede pode trazer às pessoas, se a comunidade local foi consultada e por que não se faz uma rede subterrânea. Machado respondeu que são apresentadas ao Município algumas opções, que devem estar de acordo com o Plano Diretor. "Esse foi o traçado recomendado." Sobre as preocupações com a saúde, disse que as medições feitas não apresentaram problemas. "Há alturas mínimas, e fizemos postes ainda mais altos do que o recomendado." E em relação à rede subterrânea, apontou que os investimentos seriam muito mais altos.

O vice-presidente da Casa, Matias Martins (PT), perguntou se a urbanização será feita apenas na Sete de Setembro. "E qual a previsão da conclusão das obras? A gente passa pelos locais e vê grandes crateras." Machado disse que a urbanização será feita apenas na Sete de Setembro, pois ali não havia canteiro. E reforçou que a expectativa é ligar a linha até o final de agosto. "A pavimentação deve começar em outubro, ficando pronta em fevereiro."

Raul Cassel (PMDB) também disse estar preocupado com a saúde dos hamburguenses. "Podemos ficar tranquilos?" Outra dúvida foi o fato de a linha de transmissão cruzar o caminho do trensurb. "Quem liberou a obra? Queria ter mais detalhes. Não foi feita nenhuma audiência pública para discutir o assunto." Por fim, o peemedebista quis saber mais informações sobre valores e o que pode ocorrer caso algum caminhão bata em um poste. Machado disse que todos os requisitos legais em relação ao campo eletromagnético estão sendo cumpridos. A altura dos postes, frisou, permite que passe pelo trem. "E haverá defensas nos postes."

Ricardo Ritter – Ica (PDT) apresentou um abaixo-assinado de moradores das ruas Sandra Hach, Alberto Lindner e arredores, no bairro Guarani, que se queixam da oscilação na energia, pois eletrodomésticos e lâmpadas queimam frequentemente. "Por favor, peço uma atenção especial para eles." Ele perguntou ainda sobre a iluminação nas vias por onde passará a rede. "O projeto se iluminação pública não é feito por nós, mas acredito que ficará melhor do que está", disse Machado. A distância ente os postes na Sete de Setembro deve ser de cerca de 20 metros. Nas outras ruas, seguirá a distância atual. Sobre as queimas de aparelho, garantiu que irá encaminhar ao setor responsável as reclamações.

Gilberto Koch (PT) lembrou os problemas enfrentados pelos moradores do bairro Santo Afonso, com casas e até escolas sob a rede de alta tensão – que deve ser retirada. "Quero agradecer, pois foi uma luta grande da população."

04/08/2011

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