04/05/2011 - Pesquisa revela imagem que cidadão tem da Câmara
Desde que assumiu, em janeiro de 2011, a Mesa Diretora – integrada por Leonardo Hoff (presidente), Matias Martins (vice), Ricardo Ritter - Ica (segundo secretário) e Luiz Carlos Schenlrte (primeiro secretário) – tem trabalhado para fortalecer a imagem institucional da Câmara. Uma das maneiras de atingir esse objetivo é investir na Comunicação. Para embasar o trabalho dos profissionais do setor, foi encomendada uma pesquisa sobre a imagem do Legislativo Municipal.
Como foi feita
O Instituto Methodus foi selecionado por meio de licitação. O método escolhido foi o qualitativo – que não fornece números, mas um quadro fiel de como os cidadãos veem a chamada Casa do Povo. Foram reunidos quatro grupos mistos com dez cidadãos cada, separados por renda (classe A, com renda familiar per capita superior a R$ 6,5 mil; classe B, entre R$ 2 mil e R$ 6,5 mil; classe C, entre R$ 730 e 2 mil; e classe D, entre R$ 480 e 730). O recrutamento foi feito por uma equipe do instituto treinada para esse tipo de abordagem e seleção. As conversas revelaram o que os participantes pensam sobre Novo Hamburgo e sobre a instituição.
A imagem da cidade
A pesquisa revelou que os hamburguenses têm um sentimento dividido em relação à cidade: acreditam que há grande potencial – mas que ele não está sendo explorado. As comparações com Campo Bom, considerada mais limpa e bonita, foram frequentes. Falta de locais de lazer, lixo nas ruas, falta de planejamento urbano, acesso precário à saúde, insegurança e problemas com a coleta seletiva foram reclamações constantes. Os aspectos positivos incluem boa vizinhança, a proximidade de regiões importantes, as facilidades de uma grande cidade e o fato de NH ser um pólo industrial.
A imagem da Câmara
Os participantes mostraram conhecer o papel de fiscalizador dos vereadores. Também afirmaram ser de competência da Câmara conhecer as necessidades da população, identificar as principais necessidades da cidade, elaborar leis que garantam o bem-estar da população e fazer a ligação entre a população e a administração municipal. Porém, não compreendem muito bem detalhes do trabalho dos legisladores, como o funcionamento de uma sessão plenária.
É muito presente entre as classes C e D a atuação do Legislativo na cobrança, junto ao Executivo, no que se refere a serviços básicos que não são oferecidos adequadamente. Para as classes A e B, a atuação dos vereadores deve ser voltada para espaços públicos como praças e vias. Poucos participantes já visitaram a Câmara ou assistiram a uma sessão pela TV. No entando, todos sabem onde se localiza a sede. Os que já visitaram foram em busca de algum tipo de auxílio, benefício ou reivindicação (classes C e D). Os que assitiram a sessões buscavam compreender a sistemática da instituição (todas as classes).
Apesar da dificuldades, a maioria disse estar interessada em participar mais ativamente das discussões sobre a cidade. Os grupos também mostraram desconhecer os projetos da Câmara: citaram apenas as pautas mais polêmicas, divulgadas pela imprensa local, como o plano de carreira dos professores municipais.
A imagem da Câmara está desgastada em função de alguns fatores, como descrença da população em relação à classe política, desinformação sobre temas relacionados à política local e desconhecimento sobre os legisladores locais. Algumas queixas foram pontuais: pouca presença dos vereadores nos bairros, falta de articulação com a Prefeitura e de fiscalização sobre ações do Executivo.
Os resultados serão usados para direcionar o trabalho do setor de Comunicação e dos próprios vereadores.