Anel Rodoviário é pauta na Tribuna Popular
Uma defesa intransigente do Anel Rodoviário, como projeto alternativo ao Pólo Rodoviário Metropolitano, o chamado Polão. Este foi o resumo do pronunciamento do diretor-presidente da Comusa, Wilson Ghinatti, que ocupou nesta terça-feira a Tribuna Popular. Ghinatti, que é um dos porta-vozes do movimento Pró-Anel Rodoviário, lembrou aos vereadores que o projeto do Polão prevê a cobrança de pedágio na BR-116 entre Novo Hamburgo e Porto Alegre de até R$ 11,70. Já o Anel Rodoviário, segundo Ghinatti, teria a cobrança de máxima de R$ 5,74. Em ambos os casos, os valores contemplam ida e volta, no percurso entre Novo Hamburgo e a Capital dos gaúchos.
Segundo o diretor-presidente da Comusa, caso a comunidade do Vale do Sinos não se mobilize de maneira forte e articulada, o Polão se tornará realidade. "Existe um movimento muito forte das empresas envolvidas nos consórcios que vão gerenciar o Polão", disse o executivo. Para Wilson Ghinatti, o processo de alternativa para desafogar a BR-116 passa por um movimento que ele chamou de "corajoso": ou reinicia ou anula todo o processo de licitação para o consórcio que vai administrar o Polão.
Para o financiamento das obras do Anel Rodoviário, Ghinatti lembrou que o projeto fora apresentado para investidores da Espanha, Portugal, China e também para os técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Já o financiamento do Polão, segundo o diretor-presidente da Comusa, possui alguns pontos que ainda não foram esclarecidos. "Quem vai fazer a desapropriação das terras por onde as obras do Polão irão passar?", questionou para, em seguida, responder: "será o Governo do Estado".
Ghinatti falou por quase uma hora na Tribuna Popular. Apresentou mapas detalhados do projeto do Anel Rodoviário, além de cópias de documentos e listas de obras que deverão ser feitas para aliviar o tráfego rodoviário no eixo Estância Velha-Porto Alegre.