Câmara Municipal também adotará papel não-clorado
De autoria do vereador Ralfe Cardoso, líder da bancada do PT, os vereadores aprovaram, por unanimidade, o projeto que dispõe sobre a utilização de papel não-clorado ou reciclado no material de expediente do Legislativo. A adoção do papel será feita na progressão de 25% ao ano, de forma que num prazo de quatro anos a substituição seja completa. Semelhante proposta foi aprovada há 15 dias, dispondo sobre o uso do papel não-clorado na prefeitura, autarquias, empresas de economia mista e fundações. A medida também contempla o material escolar a ser entregue nas escolas municipais.
A iniciativa de Ralfe Cardoso repete a intenção dos ex-vereadores Alécio Bloss, Hélio Pacheco e Irovan Couto, que na 12ª Legislatura (1997-2000) não conseguiram aprovação para a mesma proposta.
O objetivo maior é a defesa e a preservação do ambiente. O projeto dá a oportunidade para que o poder público dê o exemplo e estimule a conscientização da sociedade.
O QUE SIGNIFICA O USO DO PAPEL NÃO-CLORADO
A produção de uma tonelada de papel de primeira qualidade significa a eliminação de 5,3 hectares de floresta, 15 árvores, 2.400 kg de madeira, 200 mil litros de água e 7.500 KW/h de energia elétrica. Além da poluição do ar e da água, cada tonelada de papel produzido resulta em até dois metros cúbicos de resíduos sólidos urbanos.
O papel não-clorado e também o reciclado reduz o emprego dos recursos naturais. A produção de uma tonelada do papel não-clorado elimina 3,8 hectares de área de floresta, 10 árvores, 1.700 kg de madeira, 100 mil litros de água e cinco mil KW/h de energia elétrica. A poluição da água e do ar é considerada média e os resíduos sólidos urbanos empatam com o de primeira qualidade. A produção do papel reciclado não polui e os resíduos são quase nulos. Nenhuma árvore é destruída.O emprego da água, para cada tonelada, baixa para dois mil litros e o de energia elétrica para 2.500 KW/h.