Corte de árvores no Centro gera discussão na Câmara
A retirada de árvores em um terreno na esquina da rua Almirante Barroso com a Praça da Bandeira gerou debate na sessão da última terça-feira no Legislativo hamburguense. O local onde estavam as árvores é a antiga Casa de Saúde Mental da prefeitura, que foi transferida para a avenida Bento Gonçalves. Segundo o vereador Ralfe Cardoso (PT), pelo menos duas espécies de árvores não poderiam ter sido derrubadas: pau-ferro e jacarandá. Segundo o parlamentar, que pediu informações sobre a autorização para o corte junto à prefeitura, o caso será levado ao Ministério Público.
Ralfe questionou a postura da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que fora informada do corte na semana passada. "Disseram que havia autorização para o corte", disse o parlamentar. "No entanto, nesta semana, quando viram a extensão do dano, recolheram a motosserra dos operários". Ralfe Cardoso teve o apoio de seu colega de bancada, o vereador Gilberto Koch, o Betinho.
Já o vereador petebista João Marcos disse que o "progresso de nossa cidade não pode ficar condicionado ao extremismo do movimento ambientalista". João Marcos lembrou que se as empresas que querem investir em Novo Hamburgo são barradas porque não podem cortar árvores, "elas vão para Sapiranga, Campo Bom ou outra cidade vizinha".
O pedetista Soli Silva também usou a tribuna para participar do debate, dizendo que em toda a questão ambiental é preciso ter equilíbrio. "Não podemos ficar nos extremos; o crescimento da cidade é importante, mas também temos que nos preocupar com a preservação do meio ambiente", disse. Soli Silva também sugeriu que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente elabore uma cartilha para os alunos da rede municipal de ensino informando quais são as épocas de podas e que espécies de árvores podem ser cortadas.