Vereadores debatem eleições do Conselho Tutelar
O vereador Teo Reichert comentou as alterações realizadas na lei que determina as condições para ingresso no Conselho Tutelar. Disse que as exigências para o candidato disputar uma vaga de conselheiro são muito grandes, superiores as de Canoas, Porto Alegre e São Leopoldo, por exemplo. Criticou o PT pela situação e disse que a Câmara Municipal, no auge da discussão, acabou aprovando um projeto com condições que excluem bons candidatos, como é o caso das pessoas que atuam voluntariamente, há anos, no atendimento infanto-juvenil. Em aparte, Gerson Peteffi lembrou que o projeto original do Executivo ainda era mais draconiano, e que a lei pode ser emendada. Na avaliação de Teo, a lei precisa ser alterada para que pessoas capacitadas possam ter a oportunidade de participar do pleito, sem ficar fora da disputa por força de lei.
CPI DOS MEDICAMENTOS
Prossegue na Câmara Municipal os trabalhos da CPI dos medicamentos, presidida por Teo Reichert. O vereador Volnei Campagnoni afirmou, da tribuna, que os depoimentos obtidos até o momento comprovam a omissão do Hospital Municipal. "Provavelmente, algumas pessoas morreram em função das irregularidades que têm havido", disse, atribuindo a responsabilidade ao ex-prefeito José Airton dos Santos e ao diretor do Hospital, Álvaro Santos da Silva. Relatou que dois funcionários da Prefeitura, com quadro clínico de depressão, foram privilegiados com internação em quarto particular, e que uma senhora solicitou à administração do Hospital permissão para ligar um ventilador no quarto e lhe foi negado. Criticou as administrações anteriores e lamentou a situação precária do atendimento à saúde.
O vereador Ito Luciano espera que o governo Jair dê um basta em todos os desmandos e que o Hospital passe a funcionar. "Se não tivermos capacidade, acrescentou, temos que entregar a administração para uma empresa ou instituição, como a Ulbra, por exemplo. Voltou a enfatizar que, como vereador, jamais deixará de fiscalizar os atos do Executivo. Referiu-se à irregularidades como as mais de mil vacinas que foram para o lixo por falta de conservação adequada, às filas no atendimento à saúde e à falta de medicamentos. Sugeriu que os médicos e atendentes não maltratem os pacientes, que os respeitem e que apresentem alternativas nos medicamentos receitados. Concluiu, afirmando Concluiu, afirmando que os vereadores têm que fazer do Poder Legislativo um poder independente, porque faz tempo que não o é, e que espera que a CPI dos medicamentos conclua seus trabalhos com sucesso.