Mulheres lutam há mais de um século por seus direitos
Há 148 anos, as operárias de uma fábrica têxtil de Nova Iorque entraram em greve para reivindicar a redução da jornada de trabalho, de 16h para 10 horas diárias. Elas recebiam menos de um terço do salário pago aos homens. Durante os protestos, as operárias foram trancadas na fábrica, resultando num incêndio de protesto onde cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres mortas no dia 08 de março de 1857, que nesta data seria comemorado o -Dia Internacional da Mulher-. Desde então, o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado várias formas em todo o mundo.
Durante séculos o papel da mulher incidiu, sobretudo, na sua função de mãe, esposa e dona de casa. Ao homem estava destinado um trabalho remunerado no exterior do núcleo familiar. Com o incremento da Revolução Industrial, na segunda metade do século XIX, muitas mulheres passaram a exercer uma atividade profissional, embora recebessem remuneração inferior à do homem. Se atualmente, perante à lei da maioria dos países, não existe qualquer diferença entre um homem e uma mulher, a prática demonstra que ainda persistem muitos preconceitos em relação ao papel da mulher na sociedade.
Foi necessário esperar pelas últimas décadas do século XX para que o homem passasse, aos poucos, a colaborar nas tarefas caseiras.
Segundo matéria veiculada pela RBS, no dia 17 de fevereiro, o ingresso de 500 mil mulheres no mercado de trabalho contribui para um crescimento de 0,5 ponto percentual na participação feminina na jornada de trabalho. Hoje elas representam 41,9% da População Economicamente Ativa (PEA). Mesmo assim, às vésperas do Dia Internacional da Mulher, as brasileiras não têm muito o que comemorar, pois recebem 35% menos que os homens e atuam em mais de uma atividade semanalmente.