Vítimas de violência doméstica não têm local para serem abrigadas junto aos filhos em Novo Hamburgo
As conselheiras explicaram que separar a mãe do filho em um momento desses é outro ato de violência. Elas relataram dois casos em que a rede de proteção falhou. “A mulher nos procurou, grávida e com dois filhos. Por não ter um local apropriado para abrigar a família, tivemos de aplicar medida protetiva aos menores. Ela voltou para casa, foi obrigada pelo marido a se mudar e, em abril deste ano, foi morta a socos e chutes”, contou Tassiana. “Eu lembro dessa mulher chorando, pedindo ajuda”, lamentou.
Outro caso relatado é de mãe e filhos hospedados de forma improvisada na sala do abrigo Bom Pastor, em Novo Hamburgo. “Não é ambiente para crianças, junto a dependentes químicos”, disseram as conselheiras.
Além da casa em Sapiranga, de acordo com Tassiana e Andiara há outros locais disponíveis para abrigar famílias vítimas de violência doméstica, como em Canoas e Porto Alegre. Os vereadores se comprometeram a buscar informações junto à Coordenadoria da Mulher, Secretaria de Desenvolvimento Social e Procuradoria-Geral do Município no sentido de entender por qual motivo o convênio com a Casa Abrigo Regional Jacobina Maurer foi rompido. “O Município precisa ter um acolhimento permanente. Se a coordenadoria fosse elevada ao posto de secretaria, também seria melhor, teriam mais recursos”, disseram.
O que são as comissões?
A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as proposições que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes. A Codir se reúne às segundas-feiras, a partir das 15h30, na sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.