Vítima da Covid pode dar nome de rua em frente à escola onde trabalhou
Natural de Teresina, capital do Piauí, Cláudia nasceu em 27 de dezembro de 1974. Mãe de três filhos, era descrita por seus colegas como uma mulher guerreira e apaixonada pela vida e pela educação. “Como professora, preocupava-se com a aprendizagem de alunos e alunas, tendo a alegria incluída na sua metodologia de ensino. Fazia questão de mostrar que um mundo melhor era possível, um lugar sem discriminação, ódio, preconceito e violência. O afeto foi uma constante em sua vida”, recordam profissionais da escola em carta encaminhada aos dois proponentes.
“Sua ausência é imensurável à comunidade escolar, mas sua passagem pela vida será sempre lembrada pela alegria e amor”, continua o texto, adaptado na justificativa anexada ao PL nº 99/2022. pelos autores Raizer e Tita. Cláudia tinha 46 anos à época de seu falecimento.
Para Enio Brizola (PT), a homenagem vai além de nomear uma via do município. "Esse é um verdadeiro memorial às vítimas da Covid, do genocídio, da ignorância, do inominável negacionista que demorou para comprar as vacinas. É importante fazermos esse registro", declarou o parlamentar.
Por solicitação do vereador Raizer, o viúvo da homenageada, Paulo Fernando Haeeliger, ocupou a tribuna para agradecer o gesto da Câmara, das professoras da escola onde trabalhou sua mulher e da comunidade do bairro Canudos. "Tenho na minha vida, como referência, grandes professores. E a Cláudia, com certeza, também foi e continua sendo uma referência para mim, não só como professora, mas como uma mãe generosa, que me ajudou a ser pai e padrasto. Muito eu aprendi com ela e espero que a comunidade onde trabalhou por 11 anos também a tenha como referência. Tenho certeza que no coração de muitas crianças, a Cláudia será uma bela lembrança e exemplo de vida, de convivência, de aprendizado", completou Paulo, emocionado.
A aprovação em primeiro turno
Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda. votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.