Vice-presidente do SindProfNH destaca pautas da Paralisação Nacional Unificada pela Educação Pública

por Tatiane Souza última modificação 23/04/2025 20h27
23/04/2025 – A vice-presidente do Sindicato dos Professores de Novo Hamburgo, Ana Maria Felix, utilizou a tribuna da Câmara de Vereadores na tarde desta quarta-feira, 23, para expor as principais pautas da Paralisação Nacional Unificada pela Educação Pública. A mobilização, que conta com o apoio de educadores em todo o país, visa a valorização profissional, a defesa do piso salarial do magistério e o combate à terceirização nas escolas. A sessão foi marcada pela aprovação unânime do requerimento verbal de Professora Luciana Martins (PT), que trouxe o tema à discussão.
Vice-presidente do SindProfNH destaca pautas da Paralisação Nacional Unificada pela Educação Pública

Foto: Maíra Kiefer/CMNH

Ana Maria Felix destacou que a paralisação é uma resposta à precarização do trabalho educacional, e que as reivindicações incluem aumento de investimentos na educação, garantia de melhores condições de trabalho e o combate ao desmonte das políticas educacionais. “Hoje, estivemos mobilizados em frente à Prefeitura, buscando o cumprimento do piso salarial do magistério, ajuste no plano de carreira, formação continuada e infraestrutura adequada para a docência”, afirmou.

Ana Maria também apontou que a categoria enfrenta uma série de problemas, incluindo a sobrecarga de trabalho e altos índices de adoecimento entre os profissionais. “Estamos todos os dias no chão da sala de aula, mas os professores se sentem sobrecarregados, com altos índices de depressão, ansiedade e burnout. Em Novo Hamburgo, 46% dos profissionais da educação relatam problemas de saúde mental”, afirmou, com base em dados alarmantes sobre o estado da saúde dos profissionais da educação na cidade.

A vice-presidente do Sindicato destacou, ainda, a superlotação das salas de aula, a precarização dos profissionais de apoio e a falta de condições adequadas das instituições de ensino. “As salas estão superlotadas, as condições térmicas são inadequadas, um problema já denunciado nesta Câmara”, afirmou. Ana destacou que, além de dinheiro, é preciso boa vontade e trabalho para melhorar o quadro.

A professora também reforçou a importância de chamar os profissionais aprovados em concurso público para suprir as demandas da rede de ensino. “Caso contrário, até 2040, a educação poderá sofrer um apagão. Novo Hamburgo já está imerso nele”, alertou.

Valorização dos profissionais é essencial para a qualidade da educação

A vice-presidente do sindicato concluiu seu discurso enfatizando a luta por uma educação de qualidade, inclusiva e democrática. “Queremos que nossas crianças sejam atendidas com qualidade. Hoje é um dia de luta pela valorização e reconhecimento social do nosso trabalho. Queremos ambientes escolares seguros e condições adequadas para os profissionais. A valorização da educação começa pela valorização dos professores. Esse é o nosso grito coletivo”, finalizou.