Vereadores prestigiam abertura da 44ª Fimec
O diretor-presidente da Fenac, Marcio Jung, iniciou seu pronunciamento agradecendo o apoio de patrocinadores, expositores, conselheiros da empresa e representantes das entidades do setor que acreditaram na realização desta edição do evento, mesmo em um período de crise e de problemas relacionados à saúde, com a proliferação do coronavírus pelo mundo. “Contatamos especialistas, ouvimos autoridades para colocar em prática um plano de ação cauteloso para prevenir a disseminação da doença.” Ele ressaltou que o capital humano é imprescindível na superação das maiores dificuldades.
Para a prefeita Fátima Daudt, a Fenac está hoje em seu melhor momento desde os tempos áureos do setor calçadista. Em seu discurso, a chefe do Executivo hamburguense contou da sua estreita relação com o segmento. “Sou filha de sapateiro. Meu pai era modelista de calçado e nós vivemos as diversas crises, os muitos altos e baixos da área calçadista. Enquanto presidente da ACI, entre 2006 e 2011, também vi tempos de pujança e outros de muitos empregos indo embora”, comentou, enfatizando a garra e determinação dos empresários do ramo para superar mais esse momento de dificuldades. Fátima também falou sobre as obras que estavam em andamento ao longo de 2019 e convidou os presentes a conhecerem o agora revitalizado Centro de Novo Hamburgo.
Sobre o coronavírus, confessou sua preocupação inicial quanto à realização da feira, uma vez que ela recebe visitantes de todo o mundo. Mas disse sentir-se tranquilizada após conversa com os conselheiros da Fenac e a apresentação das medidas para evitar a circulação do vírus.
O governador Eduardo Leite manifestou seu respeito e admiração àqueles que empreendem. Também saudou a coragem e a disposição das lideranças empresariais hamburguenses que se mobilizaram e estiveram presentes na Assembleia Legislativa durante a votação do pacote Reforma RS, aprovado no início deste ano.
Conforme Leite, o Estado não podia ficar encurralado em uma eterna crise e foi isso que o motivou a concorrer. “A função do governo é apresentar medidas, algumas antipáticas, no intuito de aumentar a competitividade do Estado. Esse é um setor que enfrenta grande e desleal competição com outras localidades, e os governos não vinham enfrentando isso.” Uma das ações citadas pelo governador foi a alteração da sistemática de tributação feita a partir de pacto cooperativo setorial. Com o decreto, que entra em vigor em abril, a alíquota de ICMS para as empresas do setor calçadista que aderirem passará de 12% para 4%. Citou também a reforma tributária estadual que, segundo ele, deverá ser aprovada antes do projeto em âmbito federal.
Em relação ao coronavírus, o governador garantiu que não deve haver alarmismos, mesmo após a confirmação do primeiro caso no Rio Grande do Sul, ocorrida nesta terça. “É uma situação que merece a atenção da sociedade e do governo, mas precisamos dar a devida dimensão.”
Raul Cassel, que representou a Presidência da Câmara, considera a Fimec uma grande demonstração da pujança do cluster calçadista e da capacidade do Município de se reinventar, sendo ainda o principal celeiro da inteligência do setor. Já como médico, deu dicas de prevenção àqueles que estarão presentes na feira, como higienizar constantemente as mãos, usar álcool em gel e evitar cumprimentos calorosos. Também pediu que as pessoas de maior vulnerabilidade de saúde se resguardem mais, buscando ir à Fimec nos horários de menos movimento.
A 44ª edição da Fimec segue até o dia 12 de março, das 13h às 20h, nos pavilhões da Fenac. Da produção à logística, a feira apresenta novidades em couros, peles, produtos químicos, componentes, máquinas, tecnologia e inovação para o setor calçadista.