Vereadores celebram 60º aniversário do Conselho Municipal de Educação
O vereador citou nominalmente cada um dos 15 membros da atual formação do órgão e ressaltou o engajamento de diferentes profissionais em prol do fortalecimento do ensino hamburguense durante seis décadas. “Este é o conselho de educação mais antigo do país, representando o controle social na área. São pessoas abnegadas que, ao longo dos anos, deram a Novo Hamburgo uma trajetória exemplar no ensino”, destacou. Cassel também levantou perguntas sobre o futuro da educação na cidade, no Estado e no país. “Questiono os atrativos e condições de trabalho que deixamos para os futuros professores, especialmente em um momento de desafios, porque os jovens querem mais. Já passou a época das cartilhas. Vejo muita energia e a necessidade de ativar os processos que dizem respeito à busca de um melhor proveito na formação e na educação”, completou.
Enio Brizola (PT) salientou a importância do papel dos órgãos consultivos na intermediação dos anseios populares. “Um governo que quer dialogar com o povo precisa consultar seus conselhos. O de Educação em si não faz um trabalho fácil, pois tem interface com diferentes gargalos sociais. Especialmente nessa época de crise geral, de precarização do orçamento da educação e de extinção de programas de apoio, cresce o trabalho do Conselho, composto por pessoas que dedicam seu tempo e seu esforço pelos alunos da nossa cidade”, ponderou.
Professor Issur Koch (PP) exaltou o que chamou de “conselho mais experiente” do Brasil. “Só tenho a agradecer pelo olhar observador e pensante concedido a toda a estrutura organizacional da educação hamburguense. Independentemente da política implantada, o conselho serve como norte. São pessoas com conhecimento absorvido em suas áreas que dedicam seu tempo e energia para ser uma bússola para a educação da nossa cidade, refletindo também em outros municípios”, caracterizou o vereador. A secretária de Educação, Maristela Guasselli, contou que a pasta trabalha junto com o Conselho a publicação de um livro sobre a entidade e enalteceu o trabalho realizado por cada um dos conselheiros. “Quero destacar a qualidade dessa equipe, que busca o melhor para a nossa cidade, por meio do debate e de estudos, e isso só qualifica o nosso ensino”, pontuou.
O presidente do Conselho Municipal de Educação, Paulo Thiele, fez questão de nomear a primeira turma que compôs o órgão ainda em 1958, presidida por Parahim Lustosa, e destacou o desafio diário da profissão de educador. “Quando tomei a decisão de seguir o magistério há mais de 30 anos, já se dizia ser um desafio, que só aumenta. Mas pessoas abnegadas e especiais, como são os professores, olham para o desafio, não esmorecem e seguem adiante. Essa é uma homenagem por tudo o que foi construído de forma ininterrupta por aqueles que me antecederam e pelos meus pares. Nossa educação está longe de ser ideal, mas também tem muita coisa boa do que se orgulhar. E isso se constrói com trabalho e com respeito. Cuidar bem das crianças hoje é também cuidar do futuro da nossa cidade. E esse é o desafio que nós assumimos”, finalizou.
O conselho
Criado em 5 de maio de 1958 como Conselho de Educação e Cultura de Novo Hamburgo, o órgão estabeleceu-se dissociado a partir de revisão legislativa em 1966. Hoje, regulamentado pela Lei Municipal nº 1.358/2005, o Conselho Municipal de Educação conta com 15 membros, escolhidos para mandatos de quatro anos. Ao todo, 10 professores e outros cinco representantes de pessoas com necessidades especiais, Associações de Pais e Mestres e comunidade em geral atuam na normatização e no aperfeiçoamento do Sistema Municipal de Ensino, no credenciamento de escolas e no controle da aplicação de recursos educacionais.
A segunda homenagem realizada na sessão plenária foi dedicada aos 15 anos do CVV.