TV Câmara - Espaço Livre aborda censo da população de rua em Novo Hamburgo

por Daniele Silva última modificação 18/09/2020 15h40
18/09/2020 - A nova edição do Espaço Livre, que estreou em 14 de setembro, trouxe um bate-papo sobre a cartilha “População Adulta em Situação de Rua, Novo Hamburgo - RS: Vivências, demandas e possibilidades de intervenção”, recentemente lançada pela Universidade Feevale. Para falar sobre o tema, a jornalista Daniele Souza recebeu a coordenadora da pesquisa e doutora em psicologia social e institucional, Prof. Carmem Giongo; o acadêmico em psicologia Eduardo Passini e a psicóloga e pós-graduanda em psicanálise e prática clínica Scarleth Nardes.

Conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a população em situação de rua cresceu 140% desde 2012, chegando a quase 222 mil em março deste ano, número que tende a aumentar devido à crise econômica acentuada pela pandemia do novo coronavírus. A Universidade Feevale já possuía projetos como o Da Rua Para’Noia e foi a partir dele que se viu a necessidade de recensear esses moradores em Novo Hamburgo. A iniciativa teve início junto ao Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop) do município. O estudo foi realizado com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo.

Quanto aos dados obtidos através do censo, a pós-graduanda Scarleth Nardes explica que foram contabilizadas 215 pessoas em situação de rua, sendo que dessas 170 participaram da entrevista. Os participantes responderam inicialmente a um questionário, no qual constataram-se os seguintes resultados:


Sexo: Homens (86,5%) X (13,5%) Mulheres
Idade média: 39 anos
Raça: 50% são brancos; 45,3% são negros e 6,5% foram categorizados como sendo de outras raças
Escolaridade: 60,6% não chegaram a concluir o ensino fundamental
Trabalho: 98,2% não possuem vínculo empregatício.

Outros dados você confere no documento completo.

No programa foram abordadas ainda questões como o preconceito que os moradores de rua sofrem em relação as outras pessoas, o desafio para os pesquisadores e a mudança na forma de olhar para esses indivíduos.

Assista ao programa na íntegra:

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