TV Câmara – Espaço Livre traz história de empreendedoras que buscam sustentabilidade na moda
Oriunda da cadeia calçadista, a designer Bárbara Flores contou porque trabalhar com uma moda efêmera, que muda a cada estação, parou de fazer sentido para ela. “Comecei a me questionar para onde ia tudo aquilo que consumimos. A partir daí iniciei a pesquisar o que existia de produção sustentável.” Pensando em um estilo de vida desacelerado, criou a Manifesto Orgânico, marca que utiliza tingimento natural e algodão produzido sem agrotóxicos. Para a estilista, quando se cria um novo produto o tecido mais sustentável é aquele em que se pensa todo o processo, desde o solo onde o insumo é plantado até a saúde dos agricultores e das famílias que residem no local.
A costura sempre fez parte da vida da artista visual Morgana da Luz. Há quatro anos, ela que confeccionava produtos de decoração e artesanato, reposicionou a marca e passou a utilizar tecidos de mostruários vindos da indústria do calçado. “Faz pouco tempo que olhei para o meu trabalho e consegui enxergar alguma relação com a moda. Percebi que podia reutilizar aqueles produtos que recebia e ficavam parados, porque o acúmulo não é nada sustentável.”
Na opinião de Morgana, a sustentabilidade é o equilíbrio de três pilares: ambiental, social e econômico. E são essas dimensões que ela segue ao produzir cada acessório no Otília e Cristina Atelier de Criação. E para quem ficou curioso sobre o nome do espaço, ele reverencia as mulheres que vieram antes daquela menina que costurava desde a infância.
Confira a entrevista na íntegra: