Sistema do Interlegis reformulado pela Câmara otimiza gestão dos gabinetes parlamentares
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Há cerca de um ano, após diversas melhorias, o trabalho foi apresentado à comunidade do Gitec (Grupo Interlegis de Tecnologia), no qual participam servidores de casas legislativas de todo o Brasil. Com isso, o SAAP começou a ser implantado em outras Câmaras. Esse trabalho de reestruturação chamou a atenção do próprio Interlegis, que há anos tinha a demanda de um sistema semelhante, e onde outros projetos estavam em desenvolvimento.
A partir de uma reunião virtual entre integrantes do Interlegis e a equipe da TI da Casa, foi possível disponibilizar o SAAP no repositório oficial do Interlegis no GitHub, para sistema para instalação, no endereço github.com/interlegis/saap. Além disso, a Câmara de Novo Hamburgo disponibilizou uma versão demonstrativa do SAAP para outras instituições, por meio do link saap-demo.camaranh.rs.gov.br.
O sistema está firmado em quatro pilares, ou seja, quatro áreas nas quais a atividade parlamentar pode ser qualificada: contatos (totalmente implementado), processos (totalmente implementado) agenda (ainda não implementada) e mala direta/correspondências (parcialmente implementada). Segundo o setor de TI, nem todas as funcionalidades que o sistema originalmente trazia já foram disponibilizadas. Mesmo assim, o ganho que os gabinetes passaram a ter em suas rotinas de trabalho e a economia de dinheiro público que isso gerou para a instituição são significativos.
O técnico de TI do Legislativo, Jonatha Cardoso, explica que na Câmara de Novo Hamburgo o trabalho dos gabinetes tem dois períodos bem distintos: antes e depois do SAAP. “Era muito difícil gerenciar tantos contatos, em listas diferentes, com dados inconsistentes e problemas para gerar correspondências. A gestão do gabinete se dava de forma primitiva usando papéis para anotações de visitas e demandas”, avalia o técnico.
Com a remodelação e a aplicação do sistema, além do fim desses problemas, notou-se claramente uma mudança de comportamento e mentalidade. Conforme Cardoso, é possível fazer coisas que, antes, era inviável, como, por exemplo, a impressão de envelopes para envio de correspondências, que necessitava da impressão dos dados em folhas de etiquetas. O trabalho foi reduzido pela metade: imprime-se direto no envelope. Sem contar a redução nos gastos com o insumo”, afirma o servidor. Segundo o setor de Compras da Câmara, em 2017, os vereadores retiraram 141 pacotes de etiquetas, e, em 2020, o número diminuiu para 52. Uma redução de mais de 50% com o uso de envelopes após a implantação do SAAP.